Menina de oito anos contou abusos de padrasto
Um homem de 31 anos estava desempregado e era ele que deveria tomar conta da filha da companheira, uma criança de oito anos, enquanto a mãe trabalhava. Mas desde julho de 2015 que a menina começou a viver um pesadelo. O padrasto passou a abusar sexualmente da menor, conseguindo manter o seu silêncio até final do ano, quando a criança ganhou coragem de contar a sua história à professora na escola que frequenta em Setúbal. O suspeito foi detido pela PJ e já está em prisão preventiva.
Foi após a vítima relatar alguns "factos estranhos" na escola, como lhe chama a investigação, que os professores chamaram os psicólogos do agrupamento. As suspeitas aumentaram baseadas nos relatos da menor, levando para o terreno a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens que chamou a mãe à escola.
A progenitora ficaria surpreendida com a revelação, garantindo que a menina nunca lhe tinha contado nada, nem se quer daria sinais de estar a passar por algum género de pressão. Até que a PJ foi chamado ao caso. As peritagens realizadas à menina e a descrição que a vítima fez dos factos ocorridos levaram as autoridades a não terem grandes dúvidas sobre o comportamento do padrasto.
A criança contou detalhes sobre os abusos e até apontou as duas residências onde ocorreram. "Pormenores que eram dificilmente rebatíveis", segundo a fonte do DN, que acrescenta ter o sujeito admitido "parcialmente" os crimes. Isto é, o indivíduo admitiu perante as autoridades determinados abusos que, na sua opinião, serão os menos graves. "Não rejeita liminarmente ter feito determinado tipo de coisas", revela a mesma fonte.
Sobre o suspeito recaem fortes indícios da prática do crime de abuso sexual de crianças agravado, segundo a PJ, devido ao facto de se ter aproveitado da relação de familiaridade com a vítima, com quem passava a maior parte do dia, sujeitando-a a variadas práticas de cariz sexual. O homem incorre numa pena de quatro anos e meio a 13 anos.