Meios das buscas aos pescadores desaparecidos começam a ser retirados

O vento e a ondulação obrigam a que se suspendessem as operações com vista ao resgate dos três pescadores que desapareceram na sexta-feira.
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Os meios envolvidos nas buscas aos três tripulantes da embarcação desaparecida na sexta-feira ao largo da Nazaré começam a ser desmobilizados ao princípio da tarde deste domingo devido ao vento e à ondulação.

O capitão do porto da Nazaré, Mário Lopes Figueiredo, afirmou à Lusa que o helicóptero da Força Aérea concluiu a última missão de hoje às 14.00, tendo também sido desmobilizado o drone (aparelho aéreo não tripulado) que durante a manhã fez dois voos, de 50 minutos, mantendo-se apenas as buscas terrestres.

"Continuamos sem encontrar qualquer indício, quer seja por terra quer seja por mar, o que faz pensar que, devido às condições do vento, que neste momento está de sudeste, as coisas que possam estar mais à superfície estejam a derivar mais para norte", o que levou, nomeadamente, à decisão de retirar o comando das operações da praia de Pedrógão (concelho e distrito de Leiria).

Por outro lado, a embarcação semirrígida da estação salva-vidas da Nazaré vai fazer uma última missão, saindo depois do local, o mesmo acontecendo com a embarcação Patrão Macatrão da estação salva-vidas da Figueira da Foz, cuja autonomia está a chegar ao limite, sendo que a corveta da Marinha NRP João Roby irá igualmente ser desmobilizada durante a tarde.

Segundo o capitão do porto da Nazaré, as previsões são para que o vento continue a aumentar de intensidade ao longo do dia de hoje e que segunda-feira haja "bastante ondulação", o que levou à decisão de incidir nas patrulhas em terra, as quais continuarão a ser feitas com meios das capitanias da Nazaré e da Figueira da Foz, com apoio dos bombeiros.

Mário Lopes Figueiredo afirmou que, se existir algum novo indício, os meios podem novamente ser reforçados.

Além do mestre, que chegou a nado à praia de Pedrógão ao fim da tarde de sexta-feira, estavam na embarcação "Letícia Clara", pertencente a um armador de Vila do Conde, mais três tripulantes, dois homens de nacionalidade indonésia e um marroquino, os quais continuam desaparecidos.

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