Maria Manuel Mota: “O GIMM quer ser líder mundial com descobertas a cada cinco ou dez anos”

Há semanas que não faz outra coisa senão falar, e com entusiasmo, do projeto que acredita que vem renovar a ciência em Portugal. E, em vésperas da apresentação oficial do GIMM (Gulbenkian Institute for Molecular Medicine), Maria Manuel Mota, presidente da fundação privada que suporta este projeto, conta ao DN como tudo começou e quais são as missões que têm pela frente. Logo de início, assume que a ideia “foi da Fundação Calouste Gulbenkian”, que “ foi ter com o Instituo de Medic ina Molecular João Lobo Antunes e que nos perguntou se estaríamos interessados em algo assim”..Na altura, e desde 2014 que assim era, ela estava na presidência do IMM, e ambos os institutos perceberam que tinham feito um caminho “bem-sucedido” até aí, mas que precisavam de uma renovação, queriam “fazer melhor” e de outra forma. E, logo à partida, ficou definido que o projeto que viesse a ser construído teria de integrar mais parceiros, não só pelo financiamento, mas por tudo o que pudessem trazer de novo à ciência. Foi assim que à Gulbenkian e à Universidade de Lisboa, através da Faculdade de Medicina, ao Hospital Universitário de Santa Maria, os parceiros que integravam o iMM, se juntaram a Fundação La Caixa e a Fundação Arica, da família Soares dos Santos, que hoje integram o Conselho de Curadores..Levou algum tempo, a desenhar o que, afinal, este novo projeto pretendia para os domínios da investigação, o que se poderia aproveitar de um instituto e do outro, ao mesmo tempo que se desenhava também uma outra ambição, a de construir uma estrutura institucional mais “leve” e mais eficaz na resposta aos cientistas e à Ciência..Maria Manuel Mota, um dos Prémio Pessoa (2013), e reconhecida internacionalmente pelas descobertas na área da parasitologia, diz que a mais-valia do projeto é, sem dúvida, a diversidade que reúne e os novos parceiros que se juntaram, lembrando que outros ainda se poderão vir a juntar..Por isto, acredita que o GIMM será “um projeto único” nas áreas da investigação nas Ciências da Vida e Biomédicas. O projeto conta com 556 cientistas, de 40 nacionalidades, e com um orçamento de arranque para 2025 de 40 milhões, além dos fundos já comprometidos a dez anos de 200 milhões de euros. Quer ser líder mundial, reconhecido como “escola de excelência para a ciência” e com descobertas a cada cinco a dez anos em várias áreas. O que levou à fusão destes dois grandes institutos? Os projetos de investigação ou sobretudo o financiamento para a ciência? É a privatização do financiamento para a Ciência? Ambas as instituições já eram privadas. Ou seja, o Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) era um departamento da Fundação Calouste Gulbenkian, uma entidade privada, e o Instituto de Medicina Molecular (IMM) era uma associação sem fins lucrativos de direito privado. Ambos eram privados e ambos faziam coisas complementares. Ou seja, o IGC tinha uma atividade muito ligada ao saber sobre como a vida foi criada, como evoluiu e como é que nós a entendemos. E o IMM estava muito focado nos mecanismos moleculares para perceber como é que um corpo humano se mantém saudável ou doente. Apesar de focos diferentes, os dois usavam (e usam) exatamente as mesmas ferramentas para responder a perguntas diferentes. Mas, no final, todos queríamos o mesmo: melhorar a saúde humana e o planeta. O conceito era o mesmo, One Health, uma só saúde. E a fusão destes dois institutos traz essa complementaridade, aumentando a diversidade..É uma nova forma de organização das estruturas da Ciência? É isso. Não vamos ter um instituto que é 1+1= 2, em termos de tamanho. Não. Fizemos uma seleção do que queríamos reunir de um e de outro no GIMM, mas também não podemos dizer que passámos de algo que era público para privado, porque não é verdade. As duas instituições eram privadas, uma estava dependente de uma fundação, a outra de três instituições públicas, de direito privado. Percebeu-se que já não era a situação ideal para nenhuma e a ideia foi juntá-las e criar uma fundação privada com novos parceiros. E o que temos mais a ganhar com esta fusão é o termos trazido dois novos parceiros, que não existiam em nenhuma destas instituições, que são a Fundação La Caixa e a Arica, da família Soares Santos..Mas isso muda o paradigma do financiamento, está a envolver-se a sociedade... Está-se a trazer a sociedade civil, sim. E isto ainda não está completo, porque os nossos estatutos permitem que possamos trazer mais pessoas para o chamado Conselho de Curadores, como fundadores. Mas este é um trabalho que terá de ser feito a partir daqui e no futuro, porque é, de facto, uma mudança no paradigma das duas instituições. A Fundação GIMM sabe que o que tem ainda não é suficiente para os seus objetivos, que são muito ambiciosos e, para funcionar, vai precisar da contribuição de toda a sociedade civil, científica ou não. Ou seja, a sociedade, em si, já contribuiu para muitos dos nossos projetos de ciência, sejam nacionais ou europeus, que são pagos pelos orçamentos atribuídos, mas isso é pela via dos impostos. Do que estamos a falar, agora, é de cada pessoa poder participar das nossas iniciativas e poder contribuir com ajudas financeiras..Temos uma sociedade habituada a fazer isso? É preciso dizer às pessoas que se podem envolver num projeto ou que até podem contribuir para o doutoramento de um aluno. É claro que isto não se faz de um dia para o outro, vamos ter de fazer um caminho, mas a sociedade tem de saber que pode contribuir para a ciência e para o futuro. Vamos ser uma instituição privada, sem fins lucrativos, mas muito aberta à sociedade, porque contamos com a sociedade para podermos funcionar e para atingir os nossos objetivos..É levar a ciência ao cidadão? É. Aliás, temos já um projeto sobre Ciência Cidadã, em que as pessoas contribuem com as suas próprias amostras para a investigação. É um projeto específico, mas quando se fala em ciência cidadã, não é só a pessoa dar as suas amostras, é também o poder acompanhar o processo do projeto, poder vir ao laboratório, e saber como é que essas amostras estão a ser usadas e para que servem. Isto é muito importante, porque neste projeto Ciência Cidadã não se está a desenvolver uma solução, mas sim a tentar compreender como é que a vida funciona..Quer explicar? É um projeto sobre o microbioma. O ser humano tem mais material não-humano dentro de si do que propriamente material humano. Temos muitas bactérias, vírus, etc., que vivem dentro de nós, alguns são patogénicos e temos de nos libertar deles, e para isto tomamos antibióticos, mas há outros dos quais não nos queremos libertar, porque são essenciais para uma vida saudável. E a investigadora que está com este projeto estuda como é que este microbioma funciona ao longo do tempo e em famílias. As famílias passam a ter todas o mesmo microbioma? Este é um exemplo de projetos em que as pessoas possam querer participar. Não se está a resolver o problema em concreto e no imediato, mas se percebermos isto, um dia vamos saber como é que trazemos um organismo para a homeostase [entenda-se equilíbrio interno quase constante, independentemente das alterações que ocorram no ambiente externo]. E é este entendimento, porque se faz ciência e como se faz, que queremos dar às pessoas e à sociedade. O nosso objetivo é mostrar como é que a vida funciona durante a saúde e a doença, como nos podemos manter mais saudáveis ou que soluções podemos ter para voltarmos a ser saudáveis..Mas, concretamente, o que é que a fusão dos dois laboratórios vai trazer de diferente à ciência? Eu diria que é a diversidade que temos ao trabalhar todos juntos, porque é da diversidade que surgem ideias interessantes. O facto de termos uns cientistas, e não mais do que os que tínhamos, que querem entender como é que a vida se inicia, como é mantida e como evoluiu ao longo da história humana, e outros que querem saber como é que as coisas acontecem e como está o ser humano na saúde e na doença, que nos leva a acreditar que juntos poderemos fazer melhor. Antes, cada um dos institutos focava-se em extremos diferentes, agora temos os extremos aqui reunidos. Há dias tivemos, pela primeira vez, um retiro com cientistas dos grupos líderes de ambos os institutos e dos dois grandes programas que vamos desenvolver e foi superinteressante. Os cientistas já começaram a fazer ligações e já querem ter projetos em conjunto. Por outro lado, também é juntando forças que podemos financiar ou investir em tecnologia que, até aqui, nenhum dos institutos, individualmente, teria acesso..Fazer mais ciência com menos custos? É fazer melhor. Por exemplo, uma administração comum poderia ser pesada, mas nós queremos uma administração relativamente leve, que responda com eficácia às necessidades dos cientistas. Uma administração que esteja ao serviço da ciência, com uma estrutura que seja eficaz e flexível para que os cientistas só se dediquem à ciência. E isso, sim, pode poupar recursos para os colocarmos na investigação e nas descobertas, porque o nosso objetivo é conseguir atrair mais recursos para fazer muito, muito melhor..Quando olham para daqui a dez ou 20 anos, o que esperam ver? Temos cinco objetivos. O primeiro é sermos líderes mundiais e termos uma descoberta a cada cinco ou dez anos. Queremos ser conhecidos por mais do que uma descoberta mundial, para que alguém na Austrália, nos Estados Unidos, no Japão, no Brasil possa dizer: Sabes quem descobriu isto? Foram os cientistas da Fundação GIMM. O segundo é sermos uma instituição reconhecida internacionalmente, com um outro objetivo: atrair o melhor talento, queremos abrir concursos e termos cada vez melhores cientistas a concorrer vindos do mundo inteiro. O terceiro, e para os outros dois funcionarem, é providenciar, apoiar e dar todas as condições aos investigadores para trabalharem. Só assim é que eles têm tempo e espaço para descobrirem o que é preciso. O quarto é ser um exemplo de engenharia financeira em termos de operações eficazes e gastar pouco. Haver um rácio entre o que gastamos em administração versus o que gastamos em descobertas. O último objetivo é o legado que queremos deixar. Queremos ser reconhecidos como uma escola de excelência científica. Não só ter a capacidade de ir buscar os melhores, mas que os nossos melhores possam ir para todo o lado do mundo e serem reconhecidos por terem passado pela Fundação GIMM. É isto que queremos atingir e está tudo a ser contabilizado para pensarmos como o vamos fazer, tendo sempre em conta que somos uma estrutura dinâmica e adaptável..Indo agora aos dois grandes programas de ação, o que vos levou a selecionar o GIMM Discovery e o GIMM Care? O primeiro é um programa de descoberta, que desafia as fronteiras da ciência, para se perceber como a vida funciona, o segundo é um programa de cuidados, para arranjar soluções para problemas de saúde. Mas gostávamos muito que a sociedade entendesse que não há cuidado (Care, em inglês), que não há soluções, sem primeiro percebermos como é que as coisas funcionam. Portanto, os dois programas estão interligados e os dois são importantes. Em relação ao GIMM Care eu destacaria os projetos na área do cancro colorretal, que é o que está mais desenvolvido, mas vai haver outros nas áreas das doenças raras e das doenças pediátricas. Temos muitas missões, mas aquela em que gostaríamos de alcançar resultados mais rapidamente é a na do cancro colorretal. Gostaríamos de instituir um rastreio nacional através de um bom teste para que este cancro deixasse de ser o número um em Portugal para ser o número cinco. É possível. Já foi feito noutras partes do mundo. Nós só temos de meter mãos à obra..E em relação ao GIMM Discovery? Destaco dois projetos. Um que tenta perceber se há comunicação entre as bactérias que vivem no nosso intestino e os neurónios que, depois, mais tarde, desenvolvem ou não Alzheimer ou outras doenças neurodegenerativas - ou seja, há comunicação direta ou não, como é que esta se faz? Não somos os únicos que estamos a trabalhar nesta matéria, há outras instituições no mundo a fazê-lo, mas consideramos que é uma área onde se irá descobrir respostas muito importantes. E destaco um outro projeto que é sobre o envelhecimento e que tenta perceber que mecanismos moleculares têm os tecidos que nos protegem e atrasam o envelhecimento? Podemos não encontrar já a solução, mas queremos perceber como tudo funciona..A forma como está o GIMM foi desenhado e o que pretende fazer vem renovar as estruturas e a própria Ciência? É. As instituições não podem viver para sempre na forma como foram construídas. Têm de ser renovadas. E o GIMM é um exemplo de duas instituições que estavam a ser bem-sucedidas, mas que já precisavam de uma renovação para serem ainda mais bem-sucedidas. A Fundação GIMM foi desenhada para ter até 40 grupos de investigação. Neste momento, não tem mais do que 32 a 33. Portanto, ainda temos várias posições a preencher, o que é bom sinal, porque há uma coisa que é importante que se perceba: o GIMM tem uma fundação, um conselho de administração, uma comissão executiva e um conselho de curadores, mas, acima de tudo, é uma instituição baseada nos cientistas..Agora que está a começar este projeto a quem enviaria mensagens, aos cientistas, à sociedade ou aos políticos que decidem a política para a Ciência? Enviaria uma mensagem a todos, porque todos vivemos em conjunto, não há maneira de os separar. Todos temos de perceber que precisamos uns dos outros. A ciência é feita por todos e para todos. E não estou só a falar das ciências da vida, mas de toda a Ciência, da matemática, da física, das ciências sociais. A ciência é uma ferramenta, eu diria que a melhor, que é transversal a todas as pessoas..Maria Manuel Mota diz que GIMM que ser um laboratório que coloca a sociedade a interagir com a Ciência..“Portugal está muito longe de ter um financiamento público para a ciência [no valor] de 1% do PIB”.O GIMM aparece numa altura em que os cientistas reclamam melhores condições e mais estabilidade nas carreiras. Enquanto projeto, pode ser uma solução ou esta matéria depende só da política para a Ciência? Tem sempre a ver com a política para a Ciência, não nos podemos separar do contexto em que vivemos. Existe um orçamento para a ciência que está realmente subfinanciado. Já deveríamos estar, desde 2020 - e era essa a promessa inicial - com 3% do PIB no orçamento para a ciência: 1% viria do Estado e 2% do privado: E isso não acontece, porque tem de ser o Estado a puxar a carruagem, tem de ser o Estado a dar o exemplo para os outros irem atrás. Há vários países na Europa que já fazem isto. Portugal não só não faz, como está abaixo da média europeia em termos de financiamento..Os cientistas criticam os cortes no OE2025... É difícil perceber o que são cortes orçamentais. Uns dizem que são cortes e outros dizem que há uma adição. Mas, independentemente disto, Portugal está muito longe de ter um financiamento público de 1% do PIB para a Ciência. E é para isto que deveríamos estar a trabalhar, porque ainda falta colocar muito dinheiro. Em relação à Fundação GIMM, obviamente que temos por objetivo construir carreiras estáveis para os investigadores, mas também é preciso ter cuidado com o que se promete. Ou seja, os alunos de doutoramento serão sempre alunos de doutoramento e os pós-docs serão pós-docs. Não são pessoas que tenham de ficar para sempre na instituição, têm de procurar as suas carreiras e formas de as fazer. Para os que já são técnicos, lab-managers ou líderes de grupo há carreiras estáveis que estão a ser planeadas, mas sempre com avaliação. E quando falamos em ‘estável’, não quer dizer que a pessoa fique também para sempre nesta instituição, porque se uma estrutura de investigação cristaliza, morre. A estrutura tem de ser dinâmica. Somos muito claros em relação a isto. O nosso objetivo principal é atrair e reter o melhor talento, de acordo com as nossas necessidades..Mas um dos vossos objetivos é treinar pessoas, querem ser “uma escola de excelência para a ciência”... É verdade. Por isso, queremos dar condições de trabalho aos cientistas, mas também condições pessoais, queremos que sintam que, quando chegam aqui, este não é só um local de trabalho. É um local onde queremos que sejam felizes e onde possam prosperar e progredir, tanto aqui como noutros projetos. Não queremos ser uma instituição isolada, queremos parcerias e estabelecer comunicação com todas as instituições em Portu- gal e fora de Portugal, para que os nossos cientistas também tenham um mercado de trabalho amplo. O objetivo é treinarmos para a versatilidade, para quando quiserem sair daqui estarem preparados para outros mercados de trabalho. Há pouco usei uma expressão que é verdade para a ciência e para qualquer outra área: se cristaliza estagna e morre..A ciência está cristalizada em Portugal? Não está cristalizada, mas está estagnada. O facto de estar sempre subfinanciada, não leva as pessoas a arriscarem. E na ciência é preciso arriscar. O nosso primeiro objetivo é desafiar as fronteiras da ciência e, para o fazermos, precisamos de cientistas que as queiram desafiar e que arrisquem. Ainda não conseguimos integrar a ciência no ADN da cultura portuguesa, para podermos dizer que somos uma sociedade baseada no conhecimento. Mas para o fazermos temos de ter ciência de qualidade em todos os aspetos, quer seja na área da Biologia, da Biomedicina, das Ciências da Vida, na Matemática, na Física ou nas Ciências Sociais. O país precisa delas todas..O GIMM vai juntar o ex-Instituto Gulbenkian da Ciência e o ex-Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes..Retrato do GIMM: 556 cientistas, 40 nacionalidades e milhões de euros.Profissionais. Ao todo, são 556 os cientistas que integram, à partida, o projeto da Fundação GIMM, constituída pelo ex-IGC, ex-IMM e, agora, com dois novos parceiros, a Fundação La Caixa e a Fundação Arica, da família Soares dos Santos. Ao todo, estão representadas também 40 nacionalidades e ainda vai haver lugar para mais. O GIMM foi desenhado para desenvolver 40 projetos e neste momento tem 33. Financiamento. O GIMM conta, no arranque de 2025, com um orçamento inicial de 40 milhões de euros, mais os comprometidos a dez anos da ordem dos 200 milhões (metade oriundos dos saldos dos projetos de investigação que transitam para o GIMM e a outra metade das dotações de comprometimento dos investidores privados, sendo que nesta verba está incluída uma verba significativa destinada a financiar a nova sede do GIMM). Um dos dois grandes programas, GIMM Care, terá um financiamento de 42 milhões de euros ao longo de 6 anos. Objetivos. Desafiar as fronteiras da ciência, com investigação orientada para a curiosidade e a multidisciplinaridade, apostando no recrutamento internacional para atrair as mentes mais brilhantes. E criar soluções na área da saúde, promovendo estudos translacionais e clínicos para fazer a ponte entre a descoberta e a aplicação, envolvendo várias partes interessadas para obter soluções inovadoras e promover a equidade. Programas. GIMM Discovery, da investigação fundamental à translacional, e GIMM Care, da investigação translacional à clínica, à procura de soluções para os problemas da Saúde Pública. Por isto mesmo, o trabalho nesta área está centrado no cidadão e em laboratórios do cancro da mama avançado, dinâmica e terapia das metástases cerebrais, cancro colorretal e microbioma na saúde e na doença. Biobanco. De entre todos os projetos, destaca-se também o que vai ser o Biobanco GIMM, biblioteca de armazenamento de amostras biológicas, doadas voluntariamente, para serem usadas na investigação. A principal missão é contribuir para a identificação de novos biomarcadores de diagnóstico, prognóstico e progressão de doenças e para a descoberta de fármacos inovadores para o tratamento de várias doenças humanas. As amostras de dadores saudáveis são tão importantes como as amostras de dadores doentes. Qualquer pessoa pode contribuir para a Ciência dando uma pequena amostra de sangue através de uma recolha simples e rápida, idêntica a uma recolha para análises.

Maria Manuel Mota: “O GIMM quer ser líder mundial com descobertas a cada cinco ou dez anos”

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