Manuel Andrade: “Se pudesse inventava um ‘queselixómetro’ - por vezes dava um jeito do caraças!”
Se pudesse ter um qualquer superpoder, qual escolheria e porquê?
A capacidade de evasão ou invisibilidade. Às vezes fazem cá uma faltinha…
Qual é o seu filme ou série de TV favorito para assistir numa maratona?
Já assisti, tantas vezes, ao As Asas do Desejo, do Wim Wenders, que poderia construir com ele uma longa série, ou então, série, série mesmo, a poderosa Peaky Blinders.
Qual é a comida mais estranha que já experimentou?
Talvez o Butelo com Cascas.
Se pudesse viajar para qualquer lugar no tempo, para onde e quando iria?
Iria assistir ao momento em que o Miguel Ângelo pintasse a Capela Sistina, como quem presenciasse o momento mais inspirado e belo de um ser humano.
Se fosse uma personagem de desenho animado, quem seria?
Claramente o Tintim: a vida como uma permanente aventura.
Qual foi a dança mais embaraçosa que já fez?
Daquelas com coreografia que se fazem em algumas festas, pois sou um completo descoordenado de movimentos.
Se pudesse trocar de vida com qualquer pessoa por um dia, quem escolheria?
O Leonard Cohen (quando vivo, obviamente) para poder pisar o palco na pele dele por uma noite e cantar o Dance Me to the End of Love, com aqueles cenários clássicos e aquelas luzes azulonas sobre o preto que ele usava como fundo.
Qual é a música que sempre o faz dançar, não importa onde esteja?
As mais animadas dos Gipsy Kings.
Se tivesse de viver num filme, qual escolheria e por quê?
No As Pontes de Madison County, para ter o viver poético e enamorado do Robert Kincaid, ou no Perfume de Mulher, para viver insanamente todos os prazeres num dia em fim de vida como o tenente-coronel Frank Slade.
Qual foi o presente mais estranho ou engraçado que já recebeu?
Talvez uma peça bojuda de barro, representando um psicólogo, que a minha mãe me ofereceu quando eu ainda exercia essa profissão.
Se fosse um animal, qual seria e porquê?
Sem dúvida uma águia-real para ter a mais aérea visão do mundo e mudar em centenas de quilómetros o meu horizonte, sempre que me apetecesse.
Qual é a sobremesa favorita, que nunca recusaria?
Há algumas: quase todas as que incluem chocolate.
Se pudesse criar um feriado, qual seria e como seria comemorado?
O feriado sem razão: ter direito a gozar intensamente um dia, sem nenhuma razão em particular.
Qual é o seu hobby mais estranho ou incomum?
Não sei se será estranho ou incomum, mas preciso de gozar a fundo as festas populares de verão e bater o pezinho em algumas delas, talvez como antidepressivo.
Se pudesse ter qualquer celebridade como seu melhor amigo, quem escolheria?
Talvez o José Mourinho: deve ser um tipo bastante positivo, inspirador e motivador.
Qual é a piada mais engraçada que conhece?
Dois espanhóis encontram-se: Hola, que tal, estás bien? Estoy mal, mi padre se a muerto. Murió? De qué murió tu padre? De fiebre amarilla… Amarilla?! Qué bonita color!!!
Se pudesse falar com qualquer animal, qual seria e o que perguntaria?
Claramente com os cães para lhes perguntar como se pode ser tão bom, tão inocente, gozar de tanto encantamento com as mais pequenas coisas e desfrutar tanto a vida em cada pormenor.
Qual é o seu talento oculto que poucas pessoas conhecem?
Jogava muito bem snooker. Estou certo de que, se o meu pai me tivesse autorizado a inscrever-me num clube quando era miúdo, teria ido muito longe.
Se fosse uma cor, qual seria e porquê?
Azul, tal qual como o céu e como a cor do meu segundo clube (o primeiro é o Tirsense, mas o preto é a mais triste das cores).
Qual é a palavra que mais gosta de dizer e porquê?
Deslembrado, uso-a muitas vezes nos meus livros. E indizível. Ambas têm uma sonoridade que me agrada e acho-as poeticamente arcaicas e em desuso.
Se pudesse inventar qualquer coisa, o que seria?
Um “queselixómetro” - por vezes dava um jeito do caraças!
Qual é a coisa mais ridícula que já comprou?
Perucas, quando era miúdo: queria imitar o meu avô Avelino “Pêssego” que foi um grande ator de teatro local.
Se tivesse de comer apenas uma comida para o resto da vida, qual seria?
Qualquer coisinha leve, tipo Cozido à portuguesa ou tripas à moda do Porto.
Qual é a sua memória de infância mais engraçada?
Como nasci numa aldeia, um episódio em que fui com os amigos furtar uvas e fomos apanhados pelo feitor da quinta: com a precipitação da fuga, dois de nós ficámos presos pelas calças nos arames da ramada.
Se fosse um meme, qual seria?
Gostaria de ser aquele que chora de tanto rir.
Qual seria o título da sua autobiografia?
Era Bom, Mas Acabou-se.
Se pudesse ser uma personagem de videojogo, quem seria?
A boquinha comilona do Pacman: uma vidinha de papo cheio.
Qual é o seu trocadilho ou piada de favorito?
As iludências aparudem.
Se pudesse ser invisível por um dia, o que faria?
Com este espírito imaginativo que tenho, nem é bom esmiuçar…
Qual foi a coisa mais inesperada que aprendeu recentemente?
Que aquelas coisas que se podem instalar nos telemóveis para ler códigos de barras, pagar estacionamentos, etc., podem afinal ser mesmo necessárias.