Incidência dispara para 129,6 casos por 100 mil habitantes no continente

O Boletim da DGS desta quarta-feira regista mais três mortes e 1497 novos casos nas últimas 24 horas. Há menos 13 pessoas internadas e menos uma nos cuidados intensivos.

Foram confirmados, nas últimas 24 horas, 1497 novos casos de covid-19 em Portugal, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). O boletim diário desta quarta-feira (23 de junho) indica que morreram mais três pessoas devido à infeção por SARS-CoV-2.

Este é o dia com mais novas infeções desde 20 de fevereiro, altura em que se registaram 1570 casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo, onde foram declarados todos os mortos do dia, continua a ser a que regista mais casos, totalizando 964 nas ultimas 24 horas (64,3% do total de Portugal), segue-se a região Norte com 208 e o Centro com 108.

O Boletim da DGS revela que uma grande subida na incidência que em todo o território é agora de 128,6 casos por 100 mil habitantes quando na anterior avaliação era de 119,3. Tendo em conta apenas o continente, a incidência é ainda maior, sendo agora 129,6 infeções por 100 mil habitantes.

Ao contrário, o R(t) regista uma ligeira descida tendo passado de 1,18 para 1,17 em todo o território, enquanto no continente passou de 1,17 para 1,18.

Há agora 437 doentes com covid-19 internados (menos 13 que no dia anterior), sendo que 100 estão em unidades de cuidados intensivos (menos um).

Entretanto, há mais 634 casos ativos em Portugal num total de 29 012, sendo que nas últimas 24 horas registaram-se mais 860 recuperados. Há ainda 1760 contactos em vigilância

Dados atualizados da evolução da pandemia no dia em que o responsável pela task force do plano de vacinação revelou que pode estar "comprometida" a meta de chegar a 8 de agosto com 70% da população com um dose da vacina administrada.

Em comissão parlamentar, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo afirmou que "as principais preocupações" continuam a estar relacionadas com "a disponibilidade das vacinas" e a regularidade com que chegam ao território nacional.

"A expectativa de terminar os 70% das primeiras doses a 8 de agosto tem sido comprometida por adiamentos de entregas e por redução de vacinas em duas marcas", admitiu.

Maiores de 18 anos começam a ser vacinados a 4 de julho

Uma meta que pode ser concretizada 15 dias depois do que estava inicialmente previsto. "Estou a fazer o melhor que posso para otimizar os stocks que temos e a gestão desses stocks de modo a cumprir essa meta, no entanto, julgo que é prudente dizer que essa meta pode atrasar-se até 15 dias relativamente ao esperado", caso se mantenha a redução das entregas previstas das doses de vacinas, esclareceu.

Aos deputados, o coordenador da task force disse ainda que a estimativa é começar a vacinar os jovens a partir dos 18 anos a 4 de julho. "Dentro de 15 dias temos todas as faixas etárias em processo de vacinação", afirmou Gouveia e Melo.

Marta Temido apela para "prudência" face à variante Delta Plus

A vacinação tem sido, aliás, uma das "grandes armas" no combate à pandemia, como afirmou esta quarta-feira a ministra da Saúde.

Aos jornalistas, Marta Temido sublinhou a importância de haver cautela face à disseminação da variante do coronavírus SARS-CoV-2 designada por Delta Plus, uma mutação da estirpe inicialmente identificada na Índia e que já se encontra em Portugal.

"Temos partilhado com toda a honestidade e transparência os resultados quer das estimativas, quer das próprias sequenciações. A informação mais atualizada foi partilhada no sábado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge [INSA] e respeita à variante Delta. As mutações dos vírus são fenómenos expectáveis e, naturalmente, que temos de agir com prudência e observação", frisou a ministra.

Marta Temido disse que é necessário "continuar a seguir com atenção a evolução dessas mutações do vírus e a sua presença em Portugal".

Perante a eventual propagação da variante Delta Plus, Marta Temido reiterou que o combate à pandemia representa um "esforço contínuo" e afirmou que só com um empenho de todos os países é possível chegar a bom porto. "Enquanto não tivermos conseguido superar esta pandemia de uma forma total, estaremos expostos às mutações e a novas variantes", referiu.

Casos de infeção já superam os 179 milhões em todo o mundo

A nível mundial, os casos de infeção por SARS-CoV-2 já superam os 179 milhões, sendo que mais de 370 mil novos contágios foram confirmados nas últimas 24 horas, revela o balanço da AFP.

No total, e desde que o novo coronavírus foi identificado na China em dezembro de 2019, pelo menos 179 071 540 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em todo o mundo.

A grande maioria dos pacientes recupera da doença covid-19, mas uma parte destas pessoas ainda relatam sentir alguns sintomas associados durante semanas ou mesmo até meses, segundo a AFP.

Desde o início da crise sanitária, a covid-19 já provocou pelo menos 3 884 538 vítimas mortais no mundo.

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