Internamentos e incidência descem. R(t) sobe em dia com nove mortes
Portugal confirmou, nas últimas 24 horas, 757 novos casos de infeção por SARS-CoV-2, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). Relatório desta sexta-feira (24 de setembro) indica que no mesmo período foram registadas nove mortes associadas à covid-19.
Dados mostram também que há agora 410 internados (menos dois face ao reportado na quinta-feira), dos quais 76 estão em unidades de cuidados intensivos (mais um doente).
Registaram-se, no entanto, mais de mil casos de pessoas que recuperaram da doença (1155), elevando para 1 015 927 o número total de recuperados.
Os valores da matriz de risco também foram atualizados e verifica-se uma descida na taxa de incidência e uma ligeira subida no índice de transmissibilidade
A incidência a 14 dias passou de 137,4 para 127,3 casos por 100 000 habitantes em todo o território nacional e de 140,1 para 129,7 infeções no continente.
Já o índice de de transmissibilidade, denominado R(t), subiu ligeiramente para 0,83 a nível nacional e 0,82 no território continental.
Lisboa e Vale do Tejo, com 277 casos, e o Norte, com 213, são as regiões que concentram o maior número diário de infeções.
Verificam-se mais 102 casos no Centro, 70 no Algarve, 55 no Alentejo, 25 nos açores e 15 na Madeira
Das nove mortes registadas em 24 horas, quatro ocorreram no Centro, duas na região da capital, duas no Alentejo e uma no Algarve.
No que se refere à idade das vítimas mortais, cinco tinham mais de 80 anos, três entre os 70 e os 79 anos , sendo que ocorreu um óbito na faixa etária entre os 40 e os 49 anos.
Com esta atualização, Portugal contabiliza 1 065 633 casos de covid-19 e 17 947 óbitos desde o início da pandemia (em março de 2020).
Registam-se também mais 52 contactos em vigilãncia pelas autoridades de saúde, num total de 28 287.
O país tem agora 31 759 casos ativos da doença (menos 407 face ao dia anterior), indicam os dados da DGS, um dia após o primeiro-ministro, António Costa, anunciar as novas medidas de desconfinamento que vão entrar em vigor a 1 de outubro.
Já esta sexta-feira, a task force do plano de vacinação lançou um apelo a todas as pessoas que recuperaram da covid-19 há pelo menos três meses e que não chegaram a receber a vacina para se vacinarem "com a maior brevidade possível".
Numa nota enviada às redações, a equipa responsável pelo processo de vacinação, liderada pelo vice-almirante Gouveia e Melo, lembra que os utentes devem recorrer à modalidade "casa aberta", sem restrição de idades ou local de residência, porque os centros de vacinação atualmente existentes "serão, em breve, empenhados na vacinação da gripe".
"Só juntos e com sentido de responsabilidade individual e comunitário será possível vencer este vírus", referiu a 'task force', reconhecendo o atual "ritmo de vacinação mais reduzido", face à vacinação completa de mais de 83% da população residente em Portugal. Devido à disponibilidade de vacinas, as segundas doses podem ser administradas num centro de vacinação diferente daquele onde foi dada a primeira inoculação.
E após o anúncio de novo alívio na restrições, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) solicitou à DGS o levantamento das limitações em relação à lotação dos recintos desportivos, com efeitos já em outubro.
"Face à evolução do combate à pandemia em que se está próximo de atingir os 85% de população vacinada e com o levantamento de medidas de confinamento, a FPF pede à DGS o aumento da lotação de público, mantendo a exigência de apresentação do certificado digital", refere o organismo, salientando que enviou uma carta à DGS com este objetivo.
De modo a garantir a presença de mais adeptos nos estádios, a FPF manifesta ainda a sua "total disponibilidade para assegurar todas as condições necessárias" para o cumprimento das medidas e salvaguarda da saúde pública.
E no que ao combate à pandemia diz respeito, a Organização Mundial de Saúde (OMS) acrescentou esta sexta-feira dois medicamentos à lista de fármacos admitidos para tratamento da covid-19 e pediu à farmacêutica que os produz para baixar os preços e levantar as patentes.
O casirivimab e o imdevimab, fabricado pela norte-americana Regeneron, são incluídos nas recomendações da OMS para tratamento de casos ligeiros de covid-19 em doentes que estejam em maior risco de hospitalização e, condicionalmente, no tratamento de casos graves da doença se se tratar de pessoas sem anticorpos.