55 mortes. Casos ativos e internamentos continuam a descer
Foram registados, em 24 horas, 18135 novos casos de covid-19 em Portugal, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). O relatório desta terça-feira (15 de fevereiro) indica que morreram mais 55 pessoas devido à infeção por SARS-CoV-2 - o segundo dia com mais mortes deste ano, só atrás de dia 2 de fevereiro (56).
Os dados mostram também que há agora 2270 internados, menos 94 do que na véspera, dos quais 147 estão em unidades de cuidados intensivos (-1), sendo que foram registados mais 30112 casos de pessoas que recuperaram da doença.
Lisboa e Vale do Tejo e a região Norte do país acumularam mais de 60% das infeções - 5592 casos em LVT e 5247 no Norte. No Centro do país registaram-se 4011 infeções, mais 1132 novos casos no Alentejo e 981 no Algarve. Quanto às ilhas, 629 infeções nos Açores e 543 na Madeira.
Das 55 mortes a registar, a maioria ocorreu na região de Lisboa e Vale do Tejo (19), seguindo-se a região Norte (17), a região Centro (10), Açores (4), Alentejo (3), Algarve e Madeira (1 cada).
Ao dia de hoje, Portugal soma 536835 casos ativos de covid-19, uma descida de mais de 12 mil casos, refere o boletim diário da DGS na véspera de nova reunião com os especialistas em saúde pública que visa avaliar a situação epidemiológica do país.
No espaço de uma semana, desde a última terça-feira (8), o número de casos ativos desceu em mais de 63 mil - era então de 599997.
Nesta terça-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a variante Ómicron está a espalhar-se na Europa de Leste, onde nas últimas duas semanas o número de novas infeções duplicou e há um menor nível de vacinação.
"Nas últimas duas semanas, os casos de covid-19 mais do que duplicaram em seis países desta parte da região (Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Geórgia, Federação Russa e Ucrânia). Como se previu, a vaga de ómicron está a mover-se para leste: 10 estados membros já detetaram esta variante", disse o diretor europeu da organização, Hans Kluge.
Num comunicado apresentado numa reunião virtual com os media desses países, Hans Kluge lembrou que "a vacinação continua a ser a melhor defesa contra doenças graves e morte para todas as variantes atuais do vírus covid-19 que circulam".
"No entanto, muitas pessoas em maior risco permanecem desprotegidas: menos de 40% das pessoas com mais de 60 anos na Bósnia Herzegovina, Bulgária, Quirguistão, Ucrânia e Uzbequistão completaram o plano de vacinação covid-19", lembrou.
Hans Kluge acrescentou que a Bulgária, a Geórgia e a Macedónia do Norte também estão entre os países onde menos de 40% dos profissionais de saúde receberam pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19.
"Peço aos governos, autoridades de saúde e parceiros relevantes que examinem de perto as razões locais por detrás da menor procura e aceitação de vacinas e projetem intervenções personalizadas para aumentar as taxas de vacinação com urgência, com base em evidências específicas de cada contexto", acrescentou.
Já a representante da OMS em Angola manifestou preocupação com a quantidade de pessoas que apanharam a primeira dose da vacina contra a covid-19 e ainda não regressou para tomar a segunda.
Djamila Cabral, que comentava, em declarações à Lusa, a redução significativa de casos de covid-19 no país, depois do registo, entre dezembro de 2021 e janeiro deste ano, de um aumento drástico de casos, disse que é preciso as autoridades continuarem a incentivar as pessoas a fazer a sua vacinação e no caso de Angola "principalmente, a segunda dose".
"É muita gente que já tomou a primeira dose, mas não vai tomar a segunda, temos que continuar a sensibilizar", disse.
Segundo Djamila Cabral, é preciso também que as autoridades continuem a aumentar o acesso aos pontos de vacinação, criar novas estratégias, novas maneiras para atingir as pessoas que ainda não tomaram a segunda dose.