Portugal registou, em 24 horas, 47 199 novos casos de covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). Foram reportadas mais 50 mortes devido à infeção por SARS-CoV-2, indica anda o relatório desta sexta-feira (4 de fevereiro)..Nos hospitais portugueses estão agora 2445 pessoas internadas com a doença, das quais 174 em unidades de cuidados intensivos..Com esta atualização, Portugal contabiliza agora 642 793 casos ativos de covid-19, sendo que há mais 46 469 pessoas que recuperaram da infeção, refere o boletim diário..Na matriz de risco, há agora, o nível de incidência continua a subir, é hoje de 7163,7 casos de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19 por 100 000 habitantes, a nível nacional - há dois dias era de 7081,7. E no Continente é hoje de 7207,0 casos de infeção - há dois dias o valor era de 7111,8..O R(T) é agora de 1,05 quer a nível nacional quer no continente..A maior parte das vítimas mortais com covid-19 tinha entre 80 e 89 anos (31), seguido dos 70 aos 79 anos (nove), dos 60 aos 69 anos (seis), dos 50 aos 59 anos (três) e uma tinha entre os 40 e os 49 anos..O Norte continua a ser a região do país com mais novos casos diários, com 18.104 infeções, seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo, com mais 13.981, o Centro (9.198), o Algarve (2.200), Alentejo (1.952), Açores (1.191) e Madeira (574)..Nas últimas 24 horas foram colocados em vigilância mais 7.285 contactos, que totalizam agora 660.347..Segundo a DGS, desde março de 2020 foram infetadas em Portugal 2.843.029 pessoas com o SARS-CoV-2 e foram declaradas 20.127 mortes associadas à covid-19..O maior número de novos casos diagnosticados situa-se no grupo etário entre os 40 e os 49 anos (8.398), seguido dos 30 aos 39 anos (7.990), dos 10 aos 19 anos (7.984), dos 20 e 29 anos (6.777), até aos 09 anos (6.121), entre os 50 aos 59 anos (4.197), entre os 60 e os 69 anos (2.668), entre os 70 e 79 anos (1.790) e dos idosos com mais de 80 anos (1.323)..Também esta sexta-feira, a DGS divulgou os resultados de um estudo, cujos resultados mostram que as pessoas infetadas com a variante Ómicron têm, em média, internamentos mais curtos e menor risco de morrer..De acordo com a investigação, quem fica infetado com a variante Ómicron do vírus SARS-Cov-2, responsável pela covid-19, tem um risco de hospitalização 75% inferior em comparação com pessoas infetadas com a variante Delta. .Concluiu-se também que os doentes infetados com a variante Ómicron ficam em média menos quatro dias internados do que os infetados com a Delta. Os especialistas apontam ainda uma redução no risco de morte de 86% em pessoas infetadas com a Omicron em comparação com a Delta, embora este valor represente uma maior "incerteza", refere o estudo..Publicado na plataforma MedRxiv, não tendo ainda sido sujeito a revisão de pares, o estudo, que incluiu quase 16 mil indivíduos com 16 ou mais anos que testaram positivo à covid-19 em dezembro, "revela que, por cada 100 pessoas internadas que estavam infetadas com a variante Delta, só 25 pessoas seriam internadas se tivessem sido infetadas com a variante Ómicron". Isto "independentemente da idade, do sexo, do estado vacinal e de se ter tido uma infeção anterior", lê-se no comunicado da DGS sobre o trabalho de investigação, desenvolvido em colaboração com os laboratórios Unilabs, Cruz Vermelha, o Algarve Biomedical Center, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS)..Durante o período em que decorreu a investigação, 148 pessoas foram internadas devido à variante Delta e 16 por causa da Omicron, sendo que neste caso a permanência no hospital foi "significativamente menor". Foram reportadas 26 mortes, todas no grupo de doentes infetados com a Delta..Mais de 22 380 suspeitas de reações adversas às vacinas contra a covid-19 foram registadas em Portugal até final do mês passado e houve 126 casos de morte comunicados em idosos, sem que esteja demonstrada a relação causa-efeito, segundo o Infarmed..De acordo com o último relatório, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, até ao dia 31 de janeiro foram notificadas 22 387 reações adversas (uma por cada 1.000 vacinas administradas), 7164 das quais consideradas graves, mas o Infarmed insiste que "as reações adversas às vacinas contra a covid-19 são pouco frequentes, com cerca de um caso em mil inoculações", um valor que se tem mantido estável ao longo do tempo..A maior parte das reações adversas (11 451) são referentes à vacina da Pfizer/BioNtech (Comirnaty), seguindo-se a da AstraZeneca (Vaxzevria), com 6222, a da Moderna (Spikevax), com 2703, e a da Janssen, com 1890 casos..O Infarmed sublinha, contudo, que estes dados "não permitem a comparação dos perfis de segurança entre vacinas", uma vez que foram utilizadas em subgrupos populacionais distintos (idade, género, perfil de saúde, entre outros) e "em períodos e contextos epidemiológicos distintos"..No total, foram contabilizadas até ao final de janeiro 22 173 522 doses administradas. Entre as 7164 reações adversas consideradas graves contam-se 126 casos de morte entre pessoas com uma média de 77 anos de idade.."Estes acontecimentos não podem ser considerados relacionados com uma vacina contra a COVID-19 apenas porque foram notificados de forma espontânea ao Sistema Nacional de Farmacovigilância. Na grande maioria dos casos notificados em que há informação sobre história clínica e medicação concomitante, um resultado adverso fatal pode ser explicado pelos antecedentes clínicos do doente e/ou outros tratamentos, sendo as causas de morte diversas e sem apresentação de um padrão homogéneo", escreve o Infarmed.