Há quase cinco meses que não estavam tão poucos doentes em UCI

O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde registou mais 21 mortes e 485 novos casos nas últimas 24 horas. Há agora 828 doentes internados, dos quais 187 em unidades de cuidados intensivos.
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Foram registados 485 novos casos de covid-19 e 21 mortes em Portugal nas últimas 24 horas, indica o boletim epidemiológico desta quinta-feira (18 de março) da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Os dados atualizados da pandemia indicam que há agora menos 28 pessoas internadas, que totalizam agora 828. Nas unidades de cuidados intensivos estão 187 doentes, menos 18 que no anterior boletim. Para encontrar um dia com menos pessoas em Unidades de Cuidados Intensivos é preciso recuar quase cinco meses, pois só a 20 de outubro se registaram menos (176).

O boletim indica que há menos 116 casos ativos em Portugal, totalizando 34 713, sendo que foram registados mais 580 pessoas recuperadas da covid-19. Em vigilância mantêm-se 15 268 pessoas, mais 85 que no dia anterior.

No que diz respeito, ao Índice de Transmissibilidade da doença, denominado de R, mantém-se igual ao registado no dia anterior, ou seja: é de 0,84 em todo o território e de 0,80 se tiveremos em conta apenas o continente. A base de incidência também se mantém fixa, pois em todo o território nacional é de 90,3 casos por 100 mil habitantes, enquanto no continente continua nos 79,1 casos por 100 mil habitantes.

No que diz respeito às regiões, registaram-se 15 óbitos em Lisboa e Vale do Tejo, onde também foram contabilizados 235 novas infeções. No Centro e no Algarve declararam duas mortes cada, sendo que a primeira região contabilizou 51 novos casos e a zona algarvia apenas mais oito infetados.

O Norte, desta vez, declarou uma vítima mortal, tal como o Alentejo, mas a zona nortenha contabilizou 188 casos enquanto a região alentejana teve 29 casos. Mais calma está a situação nas regiões autónomas, onde não se verificaram óbitos, sendo que houve 10 infeções nos Açores nas últimas 24 horas e 34 na Madeira.

Neste combate à pandemia, a esperança recai nas vacinas e em Portugal prepara-se a segunda fase do plano de imunização, que deverá começar em abril, estando prevista a criação de postos de vacinação rápida ou massiva e o lançamento de uma nova página de Internet, disse o coordenador do plano de vacinação, em entrevista à Lusa.

O vice-almirante Gouveia e Melo avançou que as farmácias ficam reservadas para quando se detetarem limitações no sistema de administração de vacinas perante a maior disponibilidade esperada no segundo trimestre.

"No mês de abril, vai haver uma necessidade de começar a meter esses postos de vacinação rápida em execução. É um desafio, mas é um desafio que julgo que vamos superar todos. As autarquias, o Ministério da Saúde... está a ser tudo organizado para que nesse momento as coisas aconteçam da melhor forma e o mais célere possível", afirmou.

Na mesma entrevista, Gouveia e Melo defendeu que a vacina russa Sputnik V contra a covid-19 deve ser adquirida para o lote de vacinas de Portugal, caso tenha avaliação positiva da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês).

"Defendo a aquisição de todas as vacinas que sejam possíveis trazer ao processo português, desde que tenham qualidade, as garantias necessárias de reguladores credíveis e possam ser administradas em território nacional", afirmou o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo. "Se tivermos a possibilidade de trazer mais vacinas, acelerando a proteção da população e contribuindo para libertar a economia e a sociedade da pandemia, julgo que todo o português de bom senso deseja isso".

O processo de vacinação teve, no entanto, de sofrer ajustes devido à suspensão do uso da vacina da AstraZeneca após relatos de suspeitas de efeitos adversos graves. Portugal está entre os mais de 20 países da União Europeia que adotou esta medida, por precaução, o que levou a adiar o plano de vacinação para professores e funcionários das escolas. Esta quinta-feira a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) revela a avaliação que fez aos casos reportados de formação de coágulos, após a toma da vacina.

A nível mundial, a pandemia do novo coronavírus matou pelo menos 2 682 032 pessoas, desde que foram detetados os primeiros casos em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan, segundo o balanço mais recente da AFP, feito com base em fontes oficiais.

Mais de 121 209 630 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em todo o mundo, refere ainda a agência de notícias francesa,

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