Número de mortes regista nova subida. Portugal com 16 óbitos e 3622 casos em 24 horas
O número de mortes por covid-19 continua a aumentar. Portugal registou mais 16 óbitos nas últimas 24 horas (ontem foram reportados 13), segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS). O número diário de mortes não era tão elevado desde 22 de março, dia em que também foram comunicados 16 óbitos.
O boletim epidemiológico desta quinta-feira (22 de julho) adianta que foram confirmados 3622 novos casos de covid-19, a maioria está concentrada em Lisboa e Vale do Tejo e na região Norte.
Os dados indicam que há agora 860 pessoas com covid-19 internadas (menos sete face a quarta-feira). Há, no entanto, mais sete doentes em unidades de cuidados intensivos, totalizando 178.
Com 1606 casos, a região de Lisboa e Vale do Tejo mantém-se como aquela que regista o número mais elevado de novas infeções - 44,3% do total nacional -, logo seguida pelo Norte que reporta mais 1314 diagnósticos de covid-19.
Verificam-se ainda mais 335 casos no Algarve, 218 no Centro, 71 no Alentejo, 45 nos Açores e 33 na Madeira.
Dos 16 óbitos registados em 24 horas, nove ocorreram na região da capital, quatro no Norte, dois no Algarve e um no Centro.
Uma das vítimas mortais tinha entre 40 e 49 anos, sendo que na faixa etária seguinte, entre os 50 e os 59 anos, também se registou uma morte associada à covid-19. Uma vítima tinha entre 60 e 60 anos, cinco tinham entre os 70 e os 79 anos e oito mais de 80 anos.
De registar que há mais 2765 recuperados da doença, elevando para 873 008 o número total, sendo que Portugal tem, atualmente, 52 988 casos ativos de covid-19 (mais 841 face ao dia anterior).
No total, desde o início da pandemia, o país soma 943 244 diagnósticos de infeção pelo novo coronavírus e 17 248 óbitos.
O relatório da DGS indica ainda que há mais 1835 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
Mais uma atualização dos números da infeção por SARS-CoV-2 em Portugal no dia de nova reunião do Conselho de Ministros, na qual o Executivo analisa a evolução epidemiológica do país e aprova medidas para fazer face à pandemia.
Isto numa altura em que 47% da população portuguesa tem a vacinação completa e 64% tem pelo menos uma dose tomada, segundo o relatório da vacinação divulgado na quarta-feira pela DGS).
Dados mostram que 6 581 332 (64%) pessoas iniciaram o processo de vacinação, das quais 4 860 822 (47%) já o concluíram.
E, numa altura em que vários países registam um aumento de casos de infeções pelo novo coronavírus, a China recusou uma nova investigação da Organização Mundial da Saúde (OMS) à origem da pandemia e, especificamente, a teoria de que o vírus pode ter saído de um laboratório chinês.
Para a China "é inaceitável" este novo estudo da agência de saúde das Nações Unidas, até porque descarta a teoria de que terá havido um acidente e a fuga do coronavírus a partir do Instituto de Virologia de Wuhan, cidade onde foram detetados no final de 2019 os primeiros casos de covid-19.
Um dos países que tem enfrentado uma tendência crescente no número de novas infeções é a Alemanha, o que já levou a chanceler alemã a apelar à vacinação.
Angela Merkel, disse esta quinta-feira estar preocupada com a dinâmica "exponencial" de novas infeções no país, particularmente devido à progressão da variante Delta.
"Estamos a ter um crescimento exponencial e acho essa dinâmica preocupante. Temos de assumir que teremos uma duplicação em menos de duas semanas" do número de novas infeções, afirmou a chanceler em conferência de imprensa em Berlim.
Desde meados de julho, o número de novos casos diários ultrapassou o milhar, em média.
Perante esta situação, Merkel considerou que a vacinação é mais importante do que nunca.
"Toda a vacinação conta. Cada vacinação é um passo, um pequeno passo, rumo ao regresso à normalidade para todos. Quanto mais vacinados formos, mais livres seremos novamente. Não apenas como indivíduos, mas também como comunidade", vincou.
O que também tem suscitado preocupação é o aumento de casos em Tóquio, o que tem gerado preocupação entre os especialistas em saúde, que temem que a competição desportiva se possa tornar num evento super propagador de variantes altamente contagiosas, como a Delta.
A um dia da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, as autoridades da capital japonesa contabilizaram esta quinta-feira 1979 novos casos de covid-19, número que é o mais alto em mais de seis meses.
Também hoje o número de infetados com covid-19 na aldeia olímpica de Tóquio 2020 subiu para 91 quando está em contagem decrescente a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpícos, que acontecem já esta sexta-feira, sem a presença de público nas bancadas.