Maior sindicato da PSP abandona negociações com Governo e admite protestos
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Maior sindicato da PSP abandona negociações com Governo e admite protestos

Na próxima semana a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia vai reunir a direção do sindicato para decidir ações de protesto.
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A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) decidiu esta sexta-feira, 29 de novembro, abandonar as negociações com o Governo, tendo em conta que a proposta apresentada é insuficiente, e admitiu avançar com protestos.

“A ASPP abandona as negociações porque a proposta apresentada não vai ao encontro daquilo que esperaríamos em relação às tabelas remuneratórias, suplementos e portaria de avaliação”, disse à Lusa o presidente da ASPP, Paulo Santos, no final de uma reunião com a ministra da Administração Interna.

O presidente do maior sindicato da PSP, que acusou o Governo de não estar “a cumprir integramente o acordo assinado” em julho de 2024, avançou que na próxima semana a ASPP vai reunir a direção do sindicato para decidir ações de protesto.

A ministra da Administração Interna apresentou esta sexta-feira aos sindicatos da PSP a proposta inicial de negociação, que contempla para ser discutido de imediato alterações aos serviços remunerados, tendo ainda dado conhecimento de que o suplemento especial de serviço, destinado aos polícias que trabalham na investigação criminal e na Unidade Especial de Polícia, vai ser aumentado em 2,15% em janeiro de 2026.

Segundo os sindicatos, um aumento que se traduz entre três e sete euros mensais, dependendo das funções.

Paulo Santos afirmou que pediu à ministra Maria Lúcia Amaral para dar “cumprimento integral ao acordo de julho de 2024” e que aplicasse as medidas que estavam previstas nesse documento com efeitos retrativos a janeiro de 2026.

“Tendo em conta que a ministra não apresentou isso, a ASPP não tinha condições de continuar a negociação e demos por terminado a nossa presença neste processo. Já não vamos a mais nenhuma reunião”, salientou.

O presidente da ASPP acrescentou que a ministra marcou uma reunião para 12 de dezembro para receber as contrapostas dos sindicatos sobre os serviços remunerados, mas já não vão estar presentes.

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