MAI garante que fecho de esquadras só com participação dos autarcas

A PSP propôs ao Governo na semana passada que em caso de fecho de esquadras seja colocado como compensação um polícia nas juntas de freguesia das localidades que fiquem sem instalações policiais.

O ministro da Administração Interna disse que um possível encerramento de esquadras da PSP em Lisboa e Porto só vai ser feito "com a participação e envolvimento" dos autarcas e afastou que esta seja uma decisão "estritamente operacional".

"A nossa posição não vai ser estritamente operacional, porque se fizemos uma leitura estritamente operacional, certamente aquilo que foi dito pelo diretor da PSP tem toda a razão de ser se olharmos estritamente para uma perspetiva operacional, mas é evidente que temos que contabilizar a perspetiva operacional com outras preocupações, nomeadamente com as perceções sobre a segurança das comunidades locais", disse José Luís Carneiro, durante a apreciação parlamentar na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

O ministro respondia ao deputado do PSD Joaquim Pinto Moreira que o questionou sobre proposta da PSP de encerrar esquadras em Lisboa e Porto.

Na semana passada, o diretor nacional da PSP afirmou, em entrevista à Rádio Renascença e jornal Público, que a proposta da Polícia de Segurança Pública para o encerramento de esquadras, já apresentada ao Governo, prevê que, como compensação, seja colocado um polícia nas juntas de freguesia das localidades que fiquem sem instalações policiais.

Magina da Silva explicou que a proposta, que ainda está a ser trabalhada, prevê que nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto a PSP passe a ter "só divisões com mais capacidade" para ter "mais polícias na rua".

"As mudanças que venham a ser feitas têm de contar sempre com a participação e com o envolvimento dos autarcas", garantiu o ministro.

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