Jovem de 22 anos morre ao tentar separar briga de crianças

INEM fala em "ambiente hostil" e "falta de condições de segurança no local". Jovem terá cortado o braço numa porta de vidro

Uma jovem de 22 anos morreu, no final da tarde do passado domingo, depois de se ter cortado no vidro de uma porta ao tentar separar uma briga entre crianças, na Perafita, em Matosinhos.

Fonte da GNR confirmou ao DN a ocorrência de uma "pequena zaragata entre crianças entre os 6 e aos 12 anos" e que as autoridades foram "chamadas ao local".

Já segundo o Jornal de Notícias, a jovem quis acudir a criança mais nova e, ao tentar sair do prédio onde estava, não conseguiu abrir a porta de vidro. Acabou por parti-la, cortou-se com gravidade no braço e morreu pouco depois, ao que tudo indica por ter perdido muito sangue, segundo o mesmo jornal.

De acordo com o INEM, o ambiente no local "seria hostil". "Infelizmente, e por falta de condições de segurança no local, não foi possível às equipas de emergência média pré-hospitalar - INEM e Bombeiros - prestarem a assistência média pré-hospitalar necessária para prestar a melhor ajuda possível a esta vítima", refere o organismo.

Foi às 17:08 que o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) recebeu "uma chamada de socorro para duas vítimas de agressão", tendo sido informado, cerca de 20 minutos mais tarde, que "existia uma vítima de 22 anos em paragem cardiorrespiratória mas que o ambiente era hostil e sem condições de segurança" para a sua atuação.

"Em função desta nova informação, designadamente do agravamento do estado de saúde de uma das vítimas, o CODU aciona, às 17:30, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital Pedro Hispano. A VMER chega ao local às 17:39", acrescenta o INEM.

O CODU foi informado, também às 17:39, pelos Bombeiros Voluntários de Leixões, que iriam transportar para o Hospital de São João "uma criança do sexo masculino com aproximadamente 6 anos de idade, que apresentava escoriações e hemorragia controlada (ferido ligeiro)".

"Só pelas 18:40 foi possível à VMER do Hospital Pedro Hispano transmitir informação ao CODU sobre a ocorrência. Assim, a equipa médica informou tratar-se de uma vítima cadáver mas que, por falta de condições de segurança, foi necessário retirar a vítima do local e direcioná-la à Esquadra da GNR para verificação do óbito.", disse ainda o INEM.

"O INEM considera que a sua atuação foi adequada: acionou os meios de emergência - duas Ambulâncias de Socorro - que se encontravam no momento disponíveis e mais próximos da ocorrência. Quando recebeu do local informação sobre a alteração nos sinais e sintomas de uma das vítimas, designadamente o facto de se encontrar em paragem cardiorrespiratória, o CODU acionou no imediato a VMER.", acrescentou ainda o organismo, depois do pedido de informação feito pelo DN.

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