José Crespo de Carvalho: “Ganhei, em miúdo, o concurso na areia e recebi uma bicicleta do DN. Grande dia”
Se pudesse ter um qualquer superpoder, qual escolheria e porquê?
Julgo que tenho uma grande capacidade de foco. Era esse que escolheria porque me tenho dado muito bem com ele ao longo da vida. Mas se pudesse ser um que não tenho... a paciência de Job.
Qual é o seu filme ou série de TV favorito para assistir numa maratona?
Continuaria sempre a dizer o Dead Poets Society. Sou um professor que gosta do que faz. E esse filme é um boost à minha vontade de fazer melhor.
Qual é a comida mais estranha que já experimentou?
Quando era novo comi alguns insetos grandes em apostas com amigos. “És capaz? Não és capaz?” Era estranho mas nunca me fizeram mal. Cheguei a comer uma osga bastante grande por vinte e cinco tostões.
Se pudesse viajar para qualquer lugar no tempo, para onde e quando iria?
No tempo? Para quando vivi no Brasil, São Paulo. E para a minha turminha de então.
Se fosse uma personagem de desenho animado, quem seria?
Shrek, sem dúvida.
Qual foi a dança mais embaraçosa que já fez?
Daquelas em novo, na praia e à noite, em que por cada resposta errada tinha de tirar uma peça de roupa.
Se pudesse trocar de vida com qualquer pessoa por um dia, quem escolheria?
Warren Buffet. Para interiorizar algumas verdades que nem sempre consigo praticar.
Qual é a música que sempre o faz dançar, não importa onde esteja?
Rock Around the clock.
Se tivesse de viver num filme, qual escolheria e porquê?
Out of Africa. Porque tem todo o esplendor da África, de que tanto gosto.
Qual foi o presente mais estranho ou engraçado que já recebeu?Engraçado... quando um ex-aluno meu me ofereceu uma pulseira do seu país porque eu lhe apresentei uma outra aluna minha, de outro país, que ele queria conhecer.
Se fosse um animal, qual seria e porquê?
Cão, seguramente. Porque é o animal de que mais gosto.
Qual é a sobremesa favorita, que nunca recusaria?
Gelado de coco com hortelã.
Se pudesse criar um feriado, qual seria e como seria comemorado?
Acho que temos feriados a mais.
Qual é o seu hobby mais estranho ou incomum?
Não é estranho ou incomum. Mas gosto de pintar.
Se pudesse ter qualquer celebridade como seu melhor amigo, quem escolheria?
Se o Papa Francisco for considerado uma celebridade, talvez o Papa Francisco.
Qual é a piada mais engraçada que conhece?
Nunca fixo grandes piadas. Mas uma das minha favoritas, pessoal, foi quando dei a mão na Feira do Livro a uma senhora que não conhecia, e ela deu-me a mão a mim, e andámos um bom bocado a ver livros e só bastante mais à frente demos por isso. Um embaraço, mas um bom riso também, facto que aconteceu há bastantes anos.
Se pudesse falar com qualquer animal, qual seria e o que perguntaria?
Cães. O meu Risco, grande Leão da Rodésia, quando estava comigo. Perguntaria tanta coisa, mas uma certamente: “No que estás a pensar agora?”, quando olhava fixamente para determinadas pessoas.
Qual é o seu talento oculto que poucas pessoas conhecem?
Gosto muito de arquitetura e decoração. Não sei se tenho jeito, mas procuro fazer o meu melhor nessas áreas e nos meus espaços. Poucos sabem deste meu gosto, julgo. Há quem diga que tenho talento, mas está por provar em mercado.
Se fosse uma cor, qual seria e porquê?
Azul. Porque seria mar.
Qual é a palavra que mais gosta de dizer e porquê?
Obrigado, para agradecer.
Se pudesse inventar qualquer coisa, o que seria?
Uma maquineta para tirar todas as dores.
Qual é a coisa mais ridícula que já comprou?
Ridícula porque despropositada. Livros que eu mesmo escrevi.
Se tivesse de comer apenas uma comida para o resto da vida, qual seria?
Bifes com batatas fritas e ovo a cavalo.
Qual é a sua memória de infância mais engraçada?
Tantas. Quando ganhei, em miúdo, o concurso na areia, por exemplo, e recebi uma bicicleta do DN para além da que já tinha. Grande dia.
Mas se for engraçada... talvez quando me pediram para fumar um cigarro num teatro em que era ator, talvez com uns 5 ou 6 anos. É claro que mal dei uma passa já não consegui fazer o meu papel. Só tossi o resto do tempo do teatro. Nos ensaios nunca existiam cigarros acesos...
Se fosse um meme, qual seria?
O do Guedes, “o medo não me assiste”. É antigo mas, para mim, é dos mais emblemáticos.
Qual seria o título da sua autobiografia?
Não tenho vida para uma autobiografia interessante. Se tivesse mesmo de escrever uma seria: Quando não se deve escrever uma autobiografia?
Se pudesse ser uma personagem de videojogo, quem seria?Ronaldinho Gaúcho, num qualquer videojogo de futebol.
Qual é o seu trocadilho ou piada de favorito?
Não é um trocadilho. É uma lengalenga que dizia com o meu pai em pequeno e que ainda hoje repito:
Hoje é Domingo, pão com pingo. Galo francês, pica na rês. A rês é mansa, vai p’ra França. Quando voltar, torna a picar. O burro é de barro, pica no jarro. O jarro é fino, pica no sino. O sino é d’ouro, pica no touro. O touro é bravo, pica no fidalgo. O fidalgo é valente, mete três homens na cova de um dente!
Se pudesse ser invisível por um dia, o que faria?
Nada que não faça hoje em dia.
Qual foi a coisa mais inesperada que aprendeu recentemente?
Que a Inteligência Artificial generativa funciona muito bem nas minhas áreas e que tenho de a usar, e já uso, nas minhas aulas.