A Inspeção dos Serviços de Emergência e Proteção Civil abriu um inquérito ao acidente de viação com um veículo de combate a incêndios dos Bombeiros de Odemira, no distrito de Beja, disse esta sexta-feira fonte da Proteção Civil.Em declarações à agência Lusa, a mesma fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) indicou que este processo de inquérito foi aberto logo no dia do acidente, na quarta-feira.A Inspeção dos Serviços de Emergência e Proteção Civil realiza este tipo de procedimento sempre que existe um acidente que envolva um veículo dos bombeiros, esclareceu a fonte.O comandante dos Bombeiros Voluntários de Odemira, Luís Oliveira, já tinha indicado à Lusa que estavam em curso averiguações às causas do acidente por parte da ANEPC e da GNR."Há uma inspeção própria da área da Autoridade [Nacional de Emergência e Proteção Civil], que é a proprietária da viatura, e também do Núcleo de Investigação Criminal [de Acidentes de Viação] da GNR, [que] está a avaliar desde o próprio dia do acidente", afirmou Luís Oliveira.De acordo com o comandante, "nunca houve queixas de segurança" relativas a esta viatura de combate a incêndios, que se despistou, provocando inicialmente cinco bombeiros feridos.Um destes feridos, um homem, de 38 anos, que estava internado no Hospital de São José, em Lisboa, acabou por morrer esta sexta-feira, disse à Lusa o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Odemira, António Camilo.Questionado pela Lusa, o comandante Luís Oliveira disse querer conhecer "o relatório das perícias que são feitas ao acidente", para apurar "se foi provocado por deficiência mecânica ou por erro humano"."O que quero saber é porque é que um sistema que é para reter um veículo, a segurança da cabine, como é que se deformou tanto [no acidente] e se há justificação para o mesmo", afirmou.A viatura "ia ser recolhida na segunda-feira para pequenas retificações técnicas, que não implicam a segurança da mesma", referiu.O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, expressou "profunda consternação" pela morte do bombeiro de Odemira, referindo que tem "acompanhado de perto" a situação dos operacionais feridos no despiste. .Primeiro-ministro expressa "profunda consternação" pela morte de bombeiro de Odemira.Também o primeiro-ministro, Luís Montenegro, expressou "profunda consternação" pela morte do bombeiro e enviou condolências à família e à sua corporação.Residente na freguesia de São Luís, o bombeiro, de 38 anos, estava integrado numa das Equipas de Intervenção Permanente (EIP) de Odemira, composta por cinco elementos, que, na quarta-feira, foi chamada a intervir "numa queimada autorizada" em Saboia, naquele concelho alentejano, que "se descontrolou"."Tinham feito [o trabalho] e regressavam a casa" quando o veículo de combate a incêndios se despistou, explicou à Lusa o presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Odemira.Dos cinco feridos, além do bombeiro que morreu, outros três também foram considerados graves. Um deles foi transportado para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e os outros dois para o hospital de Portimão.O quinto bombeiro, considerado ferido ligeiro, foi transportado para o hospital de Beja e, entretanto, já teve alta e regressou a casa.