Incêndio em prédio causa 18 feridos, três em estado muito grave

Um casal e uma menina de cinco anos, que estavam no elevador, estão em estado muito grave na sequência do incêndio num prédio de 10 andares na Avenida Columbano Bordalo Pinheiro. Outras três pessoas sofreram ferimentos graves.

O incêndio que deflagrou esta madrugada num prédio na Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, em Lisboa, causou três feridos muito graves, um casal e uma menina de cinco anos que estavam no elevador, disse à Lusa fonte da proteção civil municipal.

A diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil da Câmara Municipal de Lisboa (CML) precisou hoje à Lusa que foram assistidas no local 18 pessoas e que 14 foram transportadas para os hospitais de São José e Santa Maria.

De acordo com Margarida Castro Martins, há três vítimas muito graves, um casal e uma menina de cinco anos, que estavam no elevador, e outras três sofreram ferimentos graves.

Os feridos mais graves estão com prognóstico reservado, disse à Lusa fonte hospitalar.

"Três adultos receberam tratamento na câmara hiperbárica e agora estão em estado crítico, com prognóstico reservado e ventilados. Uma criança também passou pela câmara hiperbárica e encontra-se estável", adiantou a fonte.

Em causa, precisou, está a inalação de monóxido de carbono.

"Os outros feridos são ligeiros, mas mantêm-se internados", disse.

Fonte do Hospital de São José indicou que a unidade recebeu cinco feridos ligeiros, que entretanto já tiveram alta.

Os desalojados estão a ser acompanhados e têm alternativas habitacionais em casa de familiares.

Cerca das 09:00, o Regimento de Sapadores Bombeiros deram por concluídos os trabalhos no local e a Polícia Judiciária vai deslocar-se ao local.

O incêndio deflagrou às 02:15 no número 108 da Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, na freguesia de São Domingos de Benfica, em um edifício misto: de escritórios até ao 5.º andar e de habitação do 6.º ao 10.º, onde residem 21 pessoas.

Segundo Margarida Castro Martins, vai ser feita uma vistoria para avaliação do estado de conservação do edifício.

O comandante Tiago Lopes do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa tinha dito anteriormente à Lusa que o incêndio causou 18 feridos, seis dos quais em estado grave, a maioria por inalação de fumos.

"O incêndio começou no rés-do-chão e depois propagou-se aos restantes andares. O edifício tem 10 andares, os cinco primeiros são escritórios e os restantes de habitação", disse o comandante.

O alerta para o incêndio foi dado às 02:15 e às 04:20 foi dado como extinto.

"O incêndio foi dado como extinto por etapas. É um prédio de 10 andares. O fogo começou no rés-do-chão e propagou-se através das condutas técnicas aos pisos superiores. O problema foi retirar as pessoas, tivemos de as retirar por meios mecânicos, através de autoescadas", contou.

O comandante Tiago Lopes não conseguiu precisar quantas pessoas estariam no edifício, mas aponta para entre duas a três dezenas.

"Não consigo confirmar o número, pois muitas pessoas saíram pelo próprio pé. Todos os que retirámos foram considerados por nós e o INEM também como feridos devido à inalação de fumos", disse.

Segundo a publicação do Regimento no Facebook, foram resgatados três adultos e uma criança de um elevador, já inconscientes.

Tiago Lopes indicou também que o prédio não tem neste momento condições de habitabilidade, por ter ficado sem eletricidade e gás, tendo os desalojados sido já reencaminhados pelos serviços de proteção civil municipal.

"No rés-do-chão temos um restaurante e escritórios, há também garagens. A nossa preocupação foi saber se não havia ninguém nessas zonas. Temos a lamentar a morte de um cão", referiu.

O comandante disse ainda que neste momento não se sabe a origem do incêndio, pois começou nas condutas técnicas, uma zona comum.

No local estiveram 87 operacionais, entre elementos dos Sapadores de Bombeiros, Polícia Municipal, Bombeiros Voluntários de Lisboa, proteção civil, PSP e Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), com o apoio de 40 veículos.

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