Fogo em Sabrosa entrou em resolução
O incêndio que atingiu o concelho de Sabrosa entrou em fase de resolução pelas 09h40 desta quinta-feira, 17 de julho, mantendo-se no local 289 operacionais, 93 viaturas e um helicóptero pesado.
Segundo fonte da Proteção Civil, mantêm-se os meios espalhados pelo terreno em trabalhos de consolidação e rescaldo.
Num briefing feito às 08:00, o comandante sub-regional do Douro, Miguel Fonseca, disse que o incêndio tinha apenas uma frente ativa, preocupante pelos acessos difíceis, e que 90% do seu perímetro estava dominado.
É nessa zona que está a atuar esta manhã o helicóptero pesado.
A presidente da Câmara de Sabrosa, Helena Lapa, disse que, numa primeira estimativa, a área ardida neste fogo ronda os 600 hectares de pinhal, mato e vinha.
Em declarações à agência Lusa, a autarca afirmou que ainda vai ser feita uma avaliação no terreno dos estragos causados pelo incêndio que lavra desde as 13:30 de quarta-feira neste concelho do distrito de Vila Real, mas adiantou que uma primeira estimativa aponta para uma área ardida de 600 hectares.
“A noite correu bem, baixou bastante a temperatura e aumentou a humidade, e conseguiram-se tapar quase todos os perímetros à exceção de um, mas agora com um meio aéreo penso que ficará sanada essa situação”, referiu a autarca.
Helena Lapa apontou para o perigo de reacendimentos que podem acontecer durante o dia.
O fogo bateu muito perto de casas na aldeia de Souto Maior, mas não houve danos em habitações.
“Tem havido investimento em criar faixas de gestão de combustível e há uma mesmo aqui por cima, e, portanto, presumo que tenha ajudado a que, dada a dimensão do incêndio, não tenha afetado as habitações”, realçou a autarca.
No entanto, na quarta-feira, a presidente da Câmara de Sabrosa tinha anunciado que, por precaução, os habitantes das pequenas aldeias de Delegada e Vale das Gatas iriam ser retirados e levados para o pavilhão multiusos.
Mais tarde, num briefing pouco depois da meia-noite, Miguel Fonseca, do comando operacional do Douro de Proteção Civil, garantiu que já não havia populações em risco e explicou que a expetativa era de que as chamas fossem dominadas durante a noite.
A expetativa confirmou-se e na manhã desta quinta-feira este incêndio tinha cerca de 90% do perímetro dominado, possuindo uma frente ativa a causar preocupação pelos acessos difíceis, disse o comandante sub-regional do Douro, que adiantou que seria ativado um meio aéreo.
Para este incêndio chegaram a estar mobilizados cerca de 370 homens, apoiados por cerca de 80 viaturas, entre bombeiros, GNR, Força Especial de Bombeiros, Cruz Vermelha, INEM. Durante a tarde operaram oito meios aéreos.
O fogo que teve início pelas 13:30, na zona de Feitais, desceu depois para Souto Maior, queimando mato e pinhal e, pelas 20:00, tinha sete frentes ativas em quatro zonas diferentes.