Eurico Castro Alves é médico e diretor do serviço de cirurgia da Unidade Local de Saúde Santo António, no Porto
Eurico Castro Alves é médico e diretor do serviço de cirurgia da Unidade Local de Saúde Santo António, no PortoArquivo

IGAS instaura processo contra coordenador do Plano de Emergência e Transformação da Saúde

Eurico Castro Alves, diretor de cirurgia do Hospital de Santo António, no Porto, é investigado pela gestão das listas de espera e alegada acumulação de funções públicas com atividades privadas.
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A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) anunciou a instauração de um processo de inspeção à atuação do diretor do serviço de cirurgia do Hospital Santo António, no Porto, Eurico Castro Alves. Segundo o comunicado, o procedimento foi instaurado em sequência de denúncias recebidas e tem como foco a gestão das listas de espera e a alegada acumulação de funções públicas com atividades privadas.

Segundo o despacho emitido pela IGAS, o processo encontra-se, atualmente, em fase de desenvolvimento, com a "recolha de evidências junto de diversas entidades". Após a ação inspetiva, a IGAS elaborará "um projeto de relatório que será remetido às entidades envolvidas para assegurar o pleno exercício do contraditório".

Eurico Castro Alves, que foi responsável pela coordenação do Plano de Emergência e Transformação da Saúde do Governo da AD, tem sido uma figura bastante presente nas recentes discussões do setor da saúde.

O médico foi posteriormente nomeado pela Ordem para integrar a comissão de acompanhamento da execução do plano do Governo para a Saúde, que ele próprio tinha coordenado. A decisão levantou contestação por parte de vários outros médicos, o que levou mesmo Castro Alves a deixar essa comissão de avaliação.

O médico foi também acusado de manter ligações com a Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP), entidade responsável pela gestão do Hospital da Prelada, onde entrou em funcionamento o Centro de Atendimento Clínico do Porto. Essa medida, que constava do plano de emergência concebido por Castro Alves, visava aliviar a pressão sobre as urgências hospitalares mediante a transferência dos doentes menos críticos.

Além disso, o médico, que também preside ao Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, rebateu acusações veiculadas pelo Bloco de Esquerda (BE) de atuar como “ministro-sombra” de Ana Paula Martins, asseverando que tais alegações não só eram "injustas", como prejudicavam o trabalho em curso no setor da saúde.

com Lusa

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