Identificados em Portugal sete casos associados à variante do Brasil
Sete casos de covid-19 associados à variante do Brasil foram identificados em Portugal pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e já reportados às autoridades de saúde.
Segundo o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), estes primeiros casos identificados em Portugal, através da sequenciação genómica, já tinham sido sinalizados como suspeitos pelos laboratórios UniLabs e Synlab, no âmbito da colaboração que estes mantêm com o instituto.
"Os casos foram já reportados pelo INSA às Autoridades de Saúde, que já efetuaram as devidas diligências para o rápido rastreio de contactos e adoção de todas as medidas de saúde pública consideradas necessárias para a interrupção de potenciais cadeias de transmissão", adianta o INSA em comunicado.
"A variante 501Y.V3 (P.1), primeiramente detetada no Brasil, em particular na região de Manaus (Amazónia), tem sido assinalada pelas autoridades de saúde mundiais como merecedora de especial vigilância dado o seu elevado potencial de transmissão, mas também devido ao facto de poder ser menos reconhecida por alguns dos anticorpos gerados no decurso de uma infeção, suscitando naturalmente uma atenção acrescida", de acordo com o texto.
O INSA estima que a variante detetada no Reino Unido represente cerca de 48% de todos os casos covid-19 em Portugal, quando na primeira semana de janeiro foi responsável por apenas 8% dos casos da doença registados. Relativamente à variante originária da África do Sul, o INSA apenas identificou quatro casos em Portugal.
A confirmação dos casos da variante do Brasil surge na véspera de uma nova reunião de peritos no INFARMED (segunda-feira, a partir das 14.30) "onde será apresentada, por parte do INSA, a nova abordagem de sinalização precoce de potenciais variantes genéticas que importa monitorizar", refere o comunicado.