Hélène Farnaud-Defromont: “Gostaria de criar o 'Dia de Desconectar', sem telemóveis e redes sociais, por 24 horas”
Se pudesse ter um qualquer superpoder, qual escolheria e porquê?
Perceber e falar todas as línguas do mundo (sem a ajuda da Inteligência Artificial!), para evitar qualquer mal-entendido.
Qual o seu filme ou série de TV favorito para assistir numa maratona?
A série francesa Le Bureau des Légendes (O Gabinete de Enredos - tradução livre), que se passa no seio dos serviços secretos, e, ao que dizem, suscitou muitas vocações nos jovens. Quando tiver tempo, gostaria de escrever uma série do mesmo género sobre a diplomacia.
Qual a comida mais estranha que já experimentou?
Olhos de cordeiro, que são parte da escolha do mansaf (prato tradicional na Jordânia). Tinham-me sido oferecidos pelos anfitriões de um almoço no deserto de Wadi Rum. Confesso que declinei …
Se pudesse viajar para qualquer lugar no tempo, para onde e quando iria?
Para a Lua no futuro. Daí poderia ver em que estado estaria a Terra.
Se fosse uma personagem de desenho animado, quem seria?
A Bruxa Karaba, do filme de animação Kirikou. Bela, poderosa e temível. Mas tem um segredo…
Qual foi a dança mais embaraçosa que já fez?
Uma dança iniciada por cortesia com um parceiro sem ritmo.
Se pudesse trocar de vida com qualquer pessoa por um dia, quem escolheria?
A vida de alguém que salva vidas.
Qual a música que sempre a faz dançar, não importa onde esteja?
Todos os hits dos Anos 90 aos dias de hoje, e em particular os de David Guetta.
Se tivesse de viver num filme, qual escolheria e porquê?
No filme Avatar, que é um esplendor estético e tecnológico. E porque sempre sonhei voar sem obstáculos por florestas e oceanos.
Qual foi o presente mais estranho ou engraçado que já recebeu?
Óculos de visão térmica, que perdi quase logo…
Se fosse um animal, qual seria e porquê?
Um gato “pujante e doce, que assume, sonhando, a nobre atitude da Esfinge, que no além se funde à infinitude como ao sabor de um sonho que jamais termina”… (Baudelaire). Porque tem a aparência do sábio e a energia de um aventureiro.
Qual a sobremesa favorita que nunca recusaria?
O Paris-brest em França; os Ovos moles de Aveiro em Portugal.
Se pudesse criar um feriado, qual seria e como seria comemorado?
O Dia de Desconectar (sem ecrãs, sem telemóveis, sem redes sociais por 24 horas), para voltar a ser livre um dia por ano e contribuir para a sobriedade energética mundial.
Qual o seu hobby mais estranho ou incomum?
Coleciono convites e menus de atos oficiais nos quais participei nos meus 30 anos de carreira diplomática. Vaidade das vaidades…
Se pudesse ter qualquer celebridade como seu melhor amigo, quem escolheria?
Gostaria de ter conhecido pessoalmente Nelson Mandela, que encarnava, para mim, o melhor da Humanidade.
Qual a piada mais engraçada que conhece?
Todas as piadas belgas sobre franceses. São, de um modo geral, mais acertadas do que as piadas francesas sobre belgas.
Se pudesse falar com qualquer animal, qual seria e o que perguntaria?
Com Baloo, o urso d’O Livro da Selva. Cantaríamos juntos somente o necessário.
Qual o seu talento oculto que poucas pessoas conhecem?
Não estou certa de ter um talento oculto… ou então eu própria (ainda) não o descobri…
Se fosse uma cor, qual seria e porquê?
O vermelho, porque é uma cor intemporal.
Qual a palavra que mais gosta de dizer e porquê?
Europa, por ser o nosso futuro comum.
Se pudesse inventar qualquer coisa, o que seria?
A cura para uma doença conhecida incurável.
Qual a coisa mais ridícula que já comprou?
Um par de meias de cor de tamanhos diferentes. Não consegui oferecê-las a ninguém e trago-as há 20 anos nas mudanças.
Se tivesse de comer apenas uma comida para o resto da vida, qual seria?
Uma salada grega (com azeite português).
Qual a sua memória de infância mais engraçada?
Todos os momentos de galhofa com o meu irmão.
Se fosse um meme, qual seria?
Qualquer careta do Louis de Funès.
Qual seria o título da sua autobiografia?
Retrato de Uma Mulher na Diplomacia.
Se pudesse ser um personagem de videojogo, quem seria?
Maxine (“Max”) Caulfield, a personagem principal de Life Is Strange, um jogo de aventuras gráfico cheio de poesia e desenvolvido por um estúdio de animação francês.
Qual o seu trocadilho ou piada favorita?
Rio-me habitualmente com facilidade, mas detesto a vulgaridade e estou cansada do humor cínico. Em Portugal, gosto do humor de Ricardo Araújo Pereira; em França, de Gad Elmaleh e Florence Foresti. Em outubro irei assistir ao espetáculo do humorista franco-português David Castello Lopes, que sabe ser engraçado sendo atencioso.
Se pudesse ser invisível por um dia, o que faria?
Acho que aproveitaria para dormir o dia todo…
Qual foi a coisa mais inesperada que aprendeu recentemente?
Que iria ficar em Portugal pelo menos mais um ano. Que alegria!