Greve no Amadora-Sintra. Sindicato fala em adesão elevada. Hospital garante pouco impacto
Os trabalhadores querem um Acordo de Empresa que lhes permita ter os mesmos direitos que os outros trabalhadores das Entidades Públicas Empresariais, nomeadamente as 35 horas, mais um dia de férias, carreiras e salários
A adesão à greve dos auxiliares, administrativos e técnicos superiores do Hospital Amadora-Sintra por melhores condições de trabalho que teve início às 08:00 "é elevada", estando a afetar os serviços nas consultas externas, segundo fonte sindical.
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Em declarações à agência Lusa, Ana Amaral, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas disse que ainda não tem números concretos sobre a adesão, mas adianta que são "elevados"
"Neste momento os efeitos da greve estão a ter algum impacto nas consultas externas. Para este serviço não tinham sido decretados serviços mínimos e como tal os trabalhadores não tinham de assegurar. Pelo contrário, nos internamentos os serviços mínimos estão assegurados", contou.
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Já fonte hospitalar disse à Lusa que a adesão à greve é de 6,8% e entre auxiliares de 29%, não estando a ter impacto relevante nos serviços.
"No primeiro turno, a adesão à greve foi de 6,8% nos administrativos e 29% nos auxiliares. O nível de adesão não afeta de forma relevante a atividade programada, seja em consulta, bloco operatório, no serviço de Urgência ou nas sessões de hospital de dia", adiantou fonte do hospital.
Sobre os motivos da greve, Ana Amaral adiantou que os trabalhadores exigem a negociação de um Instrumento de Regulamentação Coletivo de Trabalho e harmonização de direitos dos Trabalhadores tendo por base o Acordo Coletivo de Trabalho que vigora nos restantes Hospitais EPE [Entidade Pública Empresarial).
"Os trabalhadores querem um Acordo de Empresa que lhes permita ter os mesmos direitos que os outros trabalhadores das EPE, nomeadamente as 35 horas, mais um dia de férias, carreiras e salários", elencou.
A sindicalista referiu igualmente como motivo da greve a falta de pessoal, muito sentido no Hospital Professor Dr. Fernando Fonseca (Hospital Amadora-Sintra), que serve a população dos concelhos da Amadora e Sintra, no distrito de Lisboa, e a defesa do SNS.
Ana Amaral adiantou que a greve é de 16 horas, teve início às 08:00 e termina às 24 horas, estando marcado uma concentração esta manhã à porta do hospital.
A Lusa tentou, sem sucesso, obter dados sobre a greve junto do hospital.