Exemplos da Visualização Imersiva que passa a estar disponível para a navegação. Aqui, em Paris, mas Lisboa também estará incluída.
Exemplos da Visualização Imersiva que passa a estar disponível para a navegação. Aqui, em Paris, mas Lisboa também estará incluída.Fotos: Google

Google Maps incorpora IA para a navegação mais imersiva de sempre. E em Lisboa

Novas funcionalidades da app de mapeamento mais usada no mundo incluem condução assistida em cidades com o uso de imagens tridimensionais fotorrealistas - capital portuguesa incluída. E também novos métodos de pesquisa assistidos pelo Gemini. 
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Lisboa é uma das 150 cidades de todo o mundo incluídas pela Google na atualização lançada esta quinta-feira na sua app Maps que inclui a útil e visualmente impressionante forma de navegação - a chamada Visualização Imersiva.

Com esta funcionalidade, é possível visualizar, durante a navegação ou na planificação de uma viagem, o aspeto dos edifícios, estádios, parques e estradas, gerados de forma fotorrealista pelo uso de imagens reais, IA e visão computacional, mostrando inclusivamente como estarão as condições meteorológicas e de trânsito no momento em que o utilizador for passar naquela zona.

Além da capital portuguesa, outras cidades europeias como Paris, Bruxelas e Frankfurt passarão a estar incluídas. Isto numa atualização - disponibilizada para Android e iOS ao longo dos próximos dias, que incluirá ainda a funcionalidade de mostrar ao condutor locais de estacionamento - e memorizar automaticamente onde o carro ficou estacionado.

Ainda nos auxílios à condução, a empresa norte-americana promete melhorias ao nível de escolha de vias de rodagem a tomar ao longo do percurso, aviso atempado para aproximação de zonas perigosas, como curvas apertadas, bem como melhor atualização das condições de trânsito, de intempéries ou de obras que possam alterar os percursos habituais.

Gemini para milhares de milhões de utilizadores

Prestes a fazer duas décadas de existência - os 20 anos cumprem-se em 2025 - o Google Maps pode hoje declarar-se o sistema de mapeamento mais utilizado no mundo, com mais de “dois mil milhões de utilizadores ativos todos os meses”, segundo disse o diretor-geral dos produtos de geolocalização da empresa, Chris Phillips, num encontro com jornalistas esta quarta-feira, no qual o DN esteve presente.

Parte das capacidades do Maps, reconhece este responsável, deve-se à comunidade de utilizadores que fornecem elementos em tempo real ao sistema como, por exemplo, informação de trânsito. “Temos uma comunidade ativa de mais de 500 milhões de participantes”, afirma Chris Phillips.

Mas se o trânsito é a contribuição mais evidente para este tipo de app, ela inclui uma quantidade de dados muito maior, que também conta com a participação dos internautas. É o caso de todos os detalhes sobre estabelecimentos comerciais que se encontram no mundo - desde os seus horários às classificações de quem já lá foi. Segundo Chris Phillips, “são já mais de 250 milhões de espaços públicos” que se encontram no Maps, com pessoas a escreverem críticas, partilhar fotos, etc.

Navegar (virtualmente) entre toda esta informação passará, com esta nova atualização, a ser mais fácil através da maior inclusão do Gemini - o mais avançado modelo de IA da Google - no Maps. Por enquanto apenas em inglês, o modelo de linguagem incorporado permite questionar os resultados de pesquisa de locais públicos no percurso (exemplo, que restaurantes existem, até que horas estão abertos, se estão com muita gente…) e responde em linguagem natural, de forma a facilitar a escolha.

Outra forma em que o Gemini promete ajudar é no planeamento de atividades. Quer sair com amigos mas não sabe onde ir? Questione a IA e ela pode dar-lhe sugestões, entre as mais populares do momento ou mais de nicho, consoante “conduza” a sua conversação com ela.

Waze promete novidades para breve

A app Waze, mais focada na condução, é igualmente um produto Google e, como tal, utiliza “debaixo do capô” os dados que o Maps lhe disponibiliza. E vice-versa: esta app tem também uma significativa comunidade de utilizadores, que reportam incidentes de trânsito.

Este elemento será em breve facilitado, pois o Waze permitirá que os condutores ditem (com a voz, em diálogo natural) para o telemóvel o que estão a ver no trânsito e a app regista imediatamente o acontecimento de trânsito, partilhando-o com a comunidade.

O sistema está ainda em fase beta (experimental) e apenas disponível nos EUA e em inglês, mas é uma amostra de como a IA se pode integrar de forma natural no dia a dia.

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