Foi obrigada a deitar fora 15 litros de leite materno no aeroporto

Jessica Martinez, norte-americana que apanhou avião no aeroporto de Heathrow, garante que nunca se tinha sentido tão humilhada
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Uma norte-americana com dois filhos escreveu uma carta aberta aos responsáveis do aeroporto de Heathrow, que a obrigaram a deitar fora quase 15 litros de leite materno que tinha tirado para alimentar o filho ao chegar a casa, após uma longa viagem de trabalho.

Jessica Coakley Martinez divulgou no passado dia 21 de abril a carta no Facebook, que entretanto já ultrapassou as 3600 partilhas. "Não partilharia algo tão pessoal, mas não me recordo da última vez que estive tão perturbada", começa por escrever a norte-americana, que garante nunca se ter sentido tão "humilhada" em toda a vida. "Vocês fizeram-me deitar fora o que seria a comida do meu filho durante quase duas semanas".

Jessica não viajava com o filho de oito meses e, segundo as normas do departamento de transportes do Reino Unido, para embarcar com líquidos na bagagem de mão é necessário que estes estejam em recipientes transparentes com o máximo de 100ml. Exceções abertas para comida de bebés, mas apenas quando a mãe viaja com a criança, o que não era o caso de Jessica, uma vez que estava no Reino Unido em trabalho.

A norte-americana, que diz esforçar-se ao máximo para conseguir - entre as viagens que faz devido à profissão - tirar leite materno e preservá-lo para alimentar o filho ao chegar a casa, foi obrigada a desfazer-se dos recipientes que levava consigo pela segurança do aeroporto. Admite que deveria ter analisado as regras do aeroporto de Heathrow mas lamenta que tenha sido este o único a obrigá-la a seguir à risca a regulamentação, que considera "incrivelmente injusta tendo em conta o número de mães trabalhadoras".

"Ser uma mãe trabalhadora e assegurar que o meu trabalho e que o meu filho recebem exatamente o que precisam é a coisa mais difícil que já fiz, mas vocês conseguiram torná-lo quase impossível numa única tarde", refere. Jessica diz que parte do leite que transportava estava congelado mas que, ainda assim, a polícia a obrigou a deixá-lo antes de embarcar, uma vez que, apesar de não estar líquido, "poderia derreter" no avião.

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