Cerca de 1.470 operacionais continuavam este sábado de manhã envolvidos no combate ao incêndio em Arganil, no distrito de Coimbra, com a ajuda de mais de 500 meios terrestres, segundo a Proteção Civil.O incêndio, que começou no dia 13, foi o que mobilizou mais operacionais e meios durante a noite, e continuava a ser a ocorrência mais significativa registada pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).Pelas 08:20, a ANEPC registava na sua página na internet três fogos ativos, o de Arganil e dois que começaram este sábado de madrugada em Moimenta e em Ervedosa, ambos no município de Vinhais (Bragança).No total, havia 27 incêndios que mobilizavam 2.275 operacionais, 755 meios terrestres e seis meios aéreos.A maioria dos fogos estava em fase de resolução ou de conclusão.O Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) manteve para este sábado o risco de incêndio “máximo”, “muito elevado” ou “elevado” em muitos concelhos do interior norte e centro, bem como do Algarve.O IPMA prevê para céu limpo ou pouco nublado, com mais nebulosidade e formação de neblina ou nevoeiro no litoral oeste, bem como uma pequena subida de temperatura no interior.Castelo Branco deverá registar a temperatura mais elevada, com 37 graus Celsius, seguido de Évora, com 36º, e Beja, com 35º.Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual recebeu cinco meios aéreos para ajudar a combater os incêndios.Segundo dados oficiais provisórios, até 21 de agosto arderam 234 mil hectares no país, mais de 53 mil dos quais só no incêndio que teve início em Arganil..Incêndios. Um sistema em que o combate falha, a prevenção é lenta e a repressão ainda é pouco eficaz.Castro Almeida: "Declaração do estado de calamidade não vai resolver qualquer problema”