Fernando Madureira
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Fernando Madureira condenado a três anos e nove meses de prisão efetiva

Tribunal ditou esta quinta-feira sentença dos arguidos da Operação Pretoriano
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O Tribunal de São João Novo, no Porto, sentenciou esta quinta-feira Fernando Madureira, antigo líder da claque Super Dragões, a três anos e nove meses de prisão efetiva, no âmbito da Operação Pretoriano. A maioria dos restantes arguidos receberam penas de prisão suspensas, entre eles a mulher de Fernando Madureira, Sandra.

Fernando Madureira, conhecido por 'Macaco' no meio desportivo, foi condenado a 3 anos e 9 meses de prisão efetiva e ficará ainda dois anos proibido de entrar em recintos desportivos. A sua mulher, Sandra Madureira, foi punida com 2 anos e 8 meses de prisão, com pena suspensa, e 1 ano e meio de interdição de acesso a recintos desportivos.

O coletivo de juízes considerou provado que os arguidos atuaram sob um plano previamente delineado por Madureira com o objetivo de intimidar sócios e limitar a sua liberdade.

Os arguidos foram ilibados dos crimes de coação agravada, mas a maioria foi condenada por cinco crimes, entre os quais se incluem ofensas corporais, coação, ameaça e ameaça agravada. Um dos arguidos, Vítor Catão, foi ainda condenado por um crime contra a liberdade de imprensa.

Dois dos envolvidos, Fernando Saul (antigo oficial de ligação do FC Porto) e José Dias, foram absolvidos de todas as acusações.

Segundo o tribunal, a prova baseou-se em documentos, perícias, mensagens, vídeos e outros elementos recolhidos durante a investigação.

As sentenças do tribunal:

- Fernando Madureira: 3 anos e 9 meses de prisão (efetiva), mais 2 anos de interdição em recintos desportivos

- Sandra Madureira: 2 anos e 8 meses de prisão (suspensa), com 6 meses de interdição

- Hugo Loureiro: 4 anos e 1 mês de prisão (suspensa), 1 ano e meio de interdição

- Vítor Catão: 3 anos e meio de prisão (suspensa), 1 ano e meio de interdição

- Vítor Aleixo (filho): 3 anos e 3 meses de prisão (suspensa), 1 ano e meio de interdição

- Vítor Aleixo (pai): 2 anos e 10 meses de prisão (suspensa), 1 ano e meio de interdição

- Carlos Jamaica: 2 anos e 10 meses de prisão (suspensa), 1 ano e meio de interdição

- José Pereira: 2 anos e 10 meses de prisão (suspensa), 1 ano e meio de interdição

- Hugo Polaco: 2 anos e 9 meses de prisão (suspensa)

- Fernando Saul e José Dias: absolvidos

FC Porto reage em comunicado

Após a sentença proferida pelo coletivo de juízes, o FC Porto reagiu em comunicado, salientando que "resultou provada a existência de um plano previamente delineado para condicionar a liberdade associativa, o que jamais pode ser aceite pelo FC Porto".

Relembre-se que a Operação Pretoriano diz respeito aos atos ocorridos na Assembleia Geral do FC Porto realizada no dia 13 de novembro de 2023, na ponta final da longa presidência de Pinto da Costa.

"É dever do FC Porto assegurar aos seus sócios as condições para que todos possam ter voz e participar livre e esclarecidamente na sua vida associativa."

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