Em 60 minutos, Paulo nasceu no hospital Amadora-Sintra e é um dos bebés de 2024
Ainda nem uma hora passava das 12 badaladas quando Paulo Miguel viu o mundo pela primeira vez, no bloco de partos do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra). Era meia-noite e meia.
Segundo filho de Joviana de Carvalho, Paulo nasceu com 3,490 kg. O parto, diz a mãe, “correu bem”. “Eram 23h27 quando comecei com contrações. Levaram-me para o bloco [de partos] e às 00h30, o Paulo nasceu”, conta, com um sorriso estampado no rosto. Ali ao lado, a avó ouve atentamente a conversa e, também ela, sorri. Estão ambas visivelmente felizes. E Paulo já ouve as primeiras palavras da mãe, deitado ao seu colo, onde dorme um sono pacífico após os primeiros exames pós-parto, que estão a terminar quando chegamos ao serviço de obstetrícia e ginecologia.
Comparando com o outro filho, Joviana diz que as contrações deste segundo parto foram menos intensas. “Em relação ao primeiro filho, desta vez, as contrações foram mais calmas e também mais rápidas”, conta Joviana. “O parto foi normal, foi muito tranquilo”, acrescenta, deixando um agradecimento à equipa que esteve presente durante todo o momento.
Paulo e a mãe são os vencedores do prémio de 250 euros em cartão que o Continente, em parceria com o Diário de Notícias, oferece anualmente a um bebé que nasce às primeiras horas do novo ano. E, tal como há um ano, o galardoado é um bebé nascido no hospital Fernando Fonseca. Além das outras recém-mamãs, a surpresa do momento apanha também as enfermeiras e as auxiliares que por ali estão, e que aproveitam elas próprias para fotografar Paulo, a mãe Joviana e a avó. E, nas palavras de uma das auxiliares, “a mãe hoje [segunda-feira] está toda bem-disposta, até faz uma pose. Mas que bem!”
Há um ano, foi também no Hospital Fernando Fonseca, que 44 segundos depois da meia-noite, Aariz nascia, tornando-se o bebé de 2023.
Outro dos bebés do ano na Administração Regional de Saúde de Lisboa (ARS Lisboa) está em Leiria (ARS Centro). A mãe era acompanhada no centro hospitalar do Médio Tejo, mas, na véspera, um incêndio no edifício onde fica a obstetrícia acabou por encerrar o serviço. O parto acabou por acontecer numa ambulância, já perto das 7h00.
Norte também com vários nascimentos
Sendo já uma tradição, o primeiro dia do ano é sempre marcado pelo nascimento de várias crianças que são potenciais bebés do ano.
Ainda no norte, Martim Pereira Lobão foi o primeiro bebé a nascer na maternidade de Guimarães. Com 2,395 kg, veio ao mundo às 1h55, após cesariana.
Por sua vez, na Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro, Lara nasceu logo pela manhã com 3,230 quilos. Esta foi a primeira criança a nascer nesta unidade local de saúde, que entrou em vigor ontem, graças à reorganização das unidades, que está atualmente em curso.
No Alto Minho, foi Afonso o primeiro bebé a nascer na maternidade do Hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo. Cerca das 10h00, de parto normal e com 3,755 kg de peso, chegava assim ao mundo o segundo filho de Rute e João, um casal residente numa freguesia do concelho de Ponte de Lima.
Mais bebés em 2023
De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), entre janeiro e outubro de 2023, registaram-se 71.205 nascimentos . Em relação ao período homólogo de 2022, são mais 1662 bebés (69.543 no ano anterior). Relativamente a 2021, a diferença foi mais acentuada: nasceram mais 5609 bebés no ano passado.
Ainda assim, o número de nados-vivos está ainda atrás daqueles que foram registado em 2019, o último ano antes da pandemia, e do que em 2020.
Segundo o INE, entre janeiro e outubro de 2019 nasceram 72.803 bebés. Em 2020, o número atingiu os 71.561. A pandemia poderá ter contribuído para a diminuição dos nascimentos. Olhando para os dados, verifica-se que o mês de janeiro de 2021 (em que houve um confinamento) acabou por ser aquele em que houve menos bebés a nascer: 6003, num mês em que, tradicionalmente, os valores ultrapassam os sete mil.
Não obstante o aumento na natalidade, a população portuguesa continua com um saldo natural negativo (isto é, há mais pessoas envelhecidas do que jovens).