Duas mortes e 435 novos casos. Incidência sobe para 60,4 casos
Registados 435 novos casos de covid-19 em Portugal nas últimas 24 horas, segundo os dados do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). O relatório desta segunda-feira (31 de maio) indica que no mesmo período de tempo morreram mais duas pessoas devido à infeção por SARS-CoV-2.
Estão agora 283 pessoas com a doença internadas nos hospitais portugueses (mais 12 que ontem), sendo que 52 (menos duas) estão em unidades de cuidados intensivos.
Estão neste momento 22 933 casos ativos, mais 111 nas últimas 24 horas, registando-se ainda mais 322 doentes recuperados, totalizando já 809 135.
Dos casos diários, Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região mais afetada, com mais 240 novas infeções, embora não se tenha registado qualquer morto. Os óbitos foram declarados no Norte, onde houve mais 113 casos, e no Centro, que teve 12 novos casos.
Refira-se que os Açores registaram 31 novos casos nas últimas 24 horas, o Algarve contabilizou 16, a Madeira teve 13 e o Alentejo apenas dez.
O boletim da DGS desta segunda-feira apresenta um significativo aumento na taxa de incidência no continente, sendo agora de 60,4 casos de infeção por 100 mil habitantes, uma subida na ordem dos 4,4 casos. Já o total nacional apresenta-se nos 63,3 casos de infeção por 100 mil habitantes, o que representa uma subida de 3,7.
Por sua vez, o R(t) baixou 0,01 no continente, sendo agora de 1,06, mantendo-se a nível nacional (1,07).
Apesar dos números mostrarem que a situação em alguns países está a estabilizar, e a reduzir em alguns casos, a pandemia não acabou, como já alertaram várias autoridades. Há, aliás, países a enfrentar um aumento de infeções como acontece, desde abril, na Argentina. O país anunciou que não vai organizar a Copa América, uma decisão tomada quando faltam apenas duas semanas do início da competição desportiva.
Em Inglaterra, por exemplo, o plano de desconfinamento poderá mesmo sofrer alterações. Não é certo que o país entre na última fase do levantamento de restrições devido à pandemia no dia 21 de junho, como estava inicialmente previsto. "Temos de ser cautelosos", disse esta segunda-feira o ministro britânico responsável pela vacinação. A decisão vai ser tomada após a análise aos dados sobre a infeção, hospitalização, vacinação e novas variantes do SARS-CoV-2.
"A 14 de junho vamos partilhar as evidências [os dados da pandemia] ao país para explicar basicamente onde estamos", informou Nadhim Zahawi em declarações à BBC. O ministro referia-se, por exemplo, aos números sobre a taxa de incidência da infeção, aos internamentos e às mortes por covid-19.
Também nesta segunda-feira, a Comissão Europeia propôs aos Estados-membros que facilitem as viagens, nomeadamente para as pessoas que tenham um certificado digital covid-19 da União Europeia (UE), mas prevendo um mecanismo travão para fazer face a situações preocupantes.
"Temos duas propostas em cima da mesa, a de que todos os Estados-membros aceitem e reconheçam o certificado e, simultaneamente, permitam a entrada de passageiros vindos de zona verde", disse, em conferência de imprensa, o comissário europeu para a Justiça, Didier Reynders.
O responsável acrescentou que está prevista a atualização dos critérios comuns para as zonas de risco e a introdução de um mecanismo de "travagem de emergência", para fazer face à prevalência de novas variantes.
A proposta prevê que as pessoas totalmente vacinadas e que tenham um certificado digital covid-19 da UE devem ser isentas de testes relacionados com viagens ou quarentena 14 dias após terem recebido a última dose.
A nível mundial, a pandemia já matou 3,54 milhões de pessoas, desde o final de dezembro de 2019, segundo um levantamento realizado pela agência de notícias AFP a partir de fontes oficiais.
Mais de 170 244 860 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia, indica ainda a agência de notícias francesa.
Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 594 431 mortes para 33 259 430 casos, de acordo com os dados da Universidade Johns Hopkins.
Depois dos EUA, os países mais afetados são o Brasil, a Índia, o México e o Reino Unido.
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