Detida mulher que fugiu da prisão de Tires
As autoridades detiveram na sexta-feira uma mulher, de 41 anos, que tinha fugido do estabelecimento prisional de Tires, no concelho de Cascais, divulgou esta segunda-feira o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis).
Em comunicado, o Cometlis explica que a mulher, que se encontrava a cumprir pena naquela prisão do distrito de Lisboa, foi detetada por um segurança num estabelecimento comercial.
Segundo a mesma fonte, a mulher ainda tentou fugir, mas foi detida pelas autoridades, sendo reconduzida ao estabelecimento prisional.
Uma mulher de 41 anos fugiu há duas semanas da prisão de Tires, um caso que o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional diz mostrar a "fragilidade da segurança" das prisões portuguesas.
"Trata-se de uma reclusa que reentrou no sistema prisional por ter visto revogada a liberdade condicional, vindo agora cumprir o remanescente de dois anos e 11 meses que lhe faltava cumprir de uma pena de 9 anos pelos crimes de furto, ofensa à integridade física qualificada e falsificação de documentos", referiu na altura fonte da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais.
Segundo fonte prisional, a reclusa terá aproveitado uma ida ao pátio para fugir, utilizando uma cadeira para saltar a vedação e sair para um local do complexo onde estão bens apreendidos pelas autoridades.
O dirigente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) Frederico Morais considera que esta fuga mostra a "fragilidade da segurança" das prisões portuguesas, com poucos guardas e recursos inadequados.
No início do mês, os sindicatos que representam os quadros prisionais alertaram que Portugal terá, até final deste ano, menos 36% dos guardas previstos no quadro de pessoal, subdimensionado para o número atual de reclusos.
Em conferência de imprensa conjunta dos sindicatos que representam as chefias e guardas prisionais, as estruturas sindicais alertaram para a insuficiência de quadros, pediram um subsídio de missão semelhante ao atribuído à Polícia Judiciária e alertam para o risco de "uma tragédia" nas prisões portuguesas.
Segundo o SNCGP, o quadro de pessoal, pensado para uma população de 10 mil reclusos, menos três mil do que a que existe, é de 4.977 elementos e só existem 3.885 guardas no ativo, um número que irá ser reduzido em menos sete centenas por motivos de reformas previstas até ao final do ano.