Descoberto o mais antigo ancestral dos seres humanos

Cientistas revelam fóssil bem preservado de criatura que viveu há 540 milhões de anos
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Investigadores internacionais encontraram um fóssil que identificaram como o mais antigo ancestral do ser humano já descoberto. O Saccorhytus viveu há 540 milhões de anos e é a ancestral espécie conhecida do ramo da evolução no qual se desenvolveram os peixes e, depois, os primatas e o homem.

O fóssil encontrado na China central e está num notável estado de preservação, segundo é esta segunda-feira publicado na revista Nature.

O Saccorhytus era um animal microscópico marinho, parte da família dos deuterostómios - seres ancestrais de várias espécies, designadamente os vertebrados.

Estes pequenos seres, com cerca de um milímetro de comprimento, viviam entre os grãos de areia no fundo dos mares e moviam-se através de movimentos vibratórios.

A descoberta foi de uma equipa que inclui cientistas do Reino Unido, da Alemanha e da China. Um dos seus membros, Simon Conway Morris da Universidade de Cambridge, explicou à BBC que estes fósseis "a olho nu parecem apenas grãos negros, mas quando vistos ao microscópio o nível de detalhe é espantoso".

"Pensamos que, sendo um deuterostómio ancestral, representará o início primitivo de várias espécies, incluindo nós próprios. Todos os deuterostómios têm um ancestral comum e pensamos que é exatamente isso que estamos a ver aqui", afirmou.

Ainda segundo a BBC, os grupos de deuterostómios mais antigos até agora conhecidos tinham entre 510 e 520 milhões de anos e já tinham começado a desenvolver características de vertebrados.

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