O presidente da Câmara de Faro lamentou esta sexta-feira, 1 de agosto, a partilha inadvertida de dados pessoais dos organizadores de uma manifestação de apoio à Palestina, dizendo já ter acionado todos os passos legais necessários para responder ao incidente.“Já pedimos às entidades que receberam os dados que os apagassem e ontem [quinta-feira] ao final da tarde enviámos também um ‘e-mail’ a pedir desculpas aos visados”, afirmou Rogério Bacalhau, em declarações à Lusa.O autarca esclareceu que se tratou de um lapso “involuntário” ocorrido no momento em que a realização da manifestação ia ser comunicada para o endereço de e-mail da PSP e, inadvertidamente, foi partilhada para uma lista de endereços.Rogério Bacalhau acrescentou que a situação vai ser comunicada à Comissão Nacional de Proteção de Dados ainda hoje e disse que a funcionária que cometeu o erro “já teve formação nesta área”, para que a situação não se volte a repetir.A autarquia partilhou com mais de 30 entidades os dados pessoais dos organizadores de uma manifestação pró-Palestina, que se realizou na quinta-feira em Faro, denunciou a plataforma cívica Algarve pela Palestina, considerando tratar-se de um erro “grave”.Tal como previsto na lei, o movimento comunicou à autarquia a realização da concentração através de um ‘e-mail’ assinado por três ativistas, que, além do nome completo, indicaram os números de identificação fiscal, de telemóvel e moradas.Numa resposta enviada à Lusa, o município reiterou que, assim que foi identificada a divulgação daqueles dados pessoais, “ativou imediatamente os seus protocolos internos de resposta a incidentes, adotando medidas para cessar a divulgação, analisar a origem da ocorrência e mitigar eventuais impactos”.A “Panelada de apoio à Palestina e contra o genocídio na Faixa de Gaza” decorreu na quinta-feira, partindo do Arco da Vila por um percurso de cerca de 20 minutos pelo centro de Faro.