Subiu para 70 o número de pessoas que foram assistidas na Unidade Local de Saúde (ULS) da Região de Leiria com sintomas relacionados com a contaminação que se verificou na sexta-feira na água da praia da Nazaré.A informação foi esta tarde de sábado, 2 de agosto, avançada pelo Jornal de Leiria, segundo o qual deram entrada nos serviços hospitalares 44 crianças e 26 adultos, todos com os mesmos sintomas, entre os quais vómitos e diarreia.Inicialmente, ao início da tarde, fonte da ULS adiantara à Lusa que 50 pessoas tinham sido assistidas: 28 crianças e 22 adultos.A praia da Nazaré foi interditada a banhos na sexta-feira, após uma falha técnica que originou uma descarga nos esgotos pluviais e maus cheiros.O presidente da Câmara da Nazaré, Manuel Sequeira, confirmou à Lusa que deram entrada no hospital especialmente jovens com sintomas de gastroenterite, com náuseas e vómitos, e que “tinham em comum terem estado na praia”, mas o autarca acredita que a situação já esteja resolvida.Manuel Sequeira informou que o delegado de saúde entregou na sexta-feira uma amostra da água para análise no Instituto Ricardo Jorge e tem a expectativa de que hoje, até ao final da tarde, receba o resultado, que espera favorável, e que no domingo já esteja reposta a normalidade.“Nós achamos que, neste momento, a praia está em condições, mas só podemos abri-la após a constatação de que as análises vêm favoráveis”, disse à Lusa o presidente do município da Nazaré, no distrito de Leiria.Segundo o autarca, todos os organismos estão em articulação e, assim que estejam confirmadas as condições para a utilização normal da praia, os banhos passam a ser permitidos.Sobre as indisposições relacionadas com a contaminação, o presidente da autarquia não apontou números precisos e admitiu que possam surgir mais casos, embora tenha reforçado que a situação que originou o problema já está ultrapassada.“É evidente que agora vão dar entrada mais, até porque, a haver contaminação, a incubação das bactérias pode durar alguns dias, e é normal que, entre hoje e amanhã, apareça mais um ou outro [caso], mas felizmente está tudo controlado”, frisou Manuel Sequeira.A autarquia explicou na sexta-feira, em comunicado, que “uma ocorrência técnica registada recentemente no sistema pluvial originou uma escorrência anómala, acompanhada de maus odores junto à linha de costa”.Apesar de a situação ter sido de imediato identificada e resolvida, e de não existirem “sinais visíveis de escorrência ou maus cheiros”, a autarquia pediu análises à água à saída da conduta, para “garantir a qualidade da água e a segurança da população”.