Cláudio Sunkel: “O meu maior problema é sempre comprar sapatos que me ficam pequenos”
Se pudesse ter um qualquer superpoder, qual escolheria e porquê?
O que o mais gostava era de ser justo. Embora as pessoas não associem esta característica a um superpoder, estou convencido de que a justiça é das coisas mais difíceis de atingir e, portanto, até pode ser um superpoder.
Qual é o seu filme ou série de TV favorito para assistir numa maratona?
Uma serie que adorei e que, de facto, vi numa maratona foi Gambito da Dama. Um drama muito bem conseguido em que tudo se joga na estratégia e na convicção.
Qual é a comida mais estranha que já experimentou?
Não só mais estranha, como, de facto, não voltava a comer: haggis, um prato tradicional escocês que consiste num bucho de ovelha recheado com vísceras, ligadas com farinha de aveia.
Se pudesse viajar para qualquer lugar no tempo, para onde e quando iria?
Adorava estar no Renascimento, em Itália, na altura do Leonardo da Vinci e de Rafael, em que alguns dos mistérios mais interessantes sobre a luz e a cor foram desvendados. Poderia ir em qualquer momento.
Se fosse uma personagem de desenho animado, quem seria?
Sem qualquer dúvida a Pantera Cor-de-Rosa.
Qual foi a dança mais embaraçosa que já fez?
Embora pense que sei dançar bastante bem, sobretudo as latinas, uma vez tentei dançar a valsa e foi um desastre.
Se pudesse trocar de vida com qualquer pessoa por um dia, quem escolheria?
Não me importava de passar um dia a perceber o que implica ser presidente dos Estados Unidos.
Qual é a música que sempre o faz dançar, não importa onde esteja?
A salsa.
Se tivesse de viver num filme, qual escolheria e por quê?
Um dos filmes que mais me marcou foi Providence, de Alain Resnais, em que Dirk Bogarde e John Gielgud desenvolvem narrativas enoveladas que se desdobram em diferentes planos, baralhando noções de realidade e sonho.
Qual foi o presente mais estranho ou engraçado que já recebeu?
No laboratório fazemos todos os anos uma Festa de Natal com o amigo secreto e já recebi desde um soldadinho de chumbo até umas luvas do Pai Natal.
Se fosse um animal, qual seria e porquê?
Obviamente um touro. Não só é o meu signo, o que não significa grande coisa, mas o animal é um portento da natureza.
Qual é a sobremesa favorita, que nunca recusaria?
Em Portugal não se conhece porque é um fruto dos Andes chamado lúcuma. Não é um sabor conhecido, mas é absolutamente diferente de tudo o que se conhece. E, portanto, seria uma tarte de suspiros com lúcuma.
Se pudesse criar um feriado, qual seria e como seria comemorado?
O meu feriado seria o Dia da Criatividade. Todo mundo a pensar, a sonhar e a procurar tudo aquilo que sempre procurou.
Qual é o seu hobby mais estranho ou incomum?
Na verdade não sou muito de hobbies. Já fiz fotografia a preto e branco, toquei saxofone, fiz mer- gulho e fotografia subaquática, mas o meu hobby mais permanen- te é cozinhar e não é estranho ou incomum.
Se pudesse ter qualquer celebridade como seu melhor amigo, quem escolheria?
Sem dúvida Nelson Mandela. Um enorme ser humano.
Qual é a piada mais engraçada que conhece?
Lamento, mas não só eu não tenho piada, como sou das pessoas que quando começa a contar uma piada esquece-se sempre da frase fundamental para que seja uma piada.
Se pudesse falar com qualquer animal, qual seria e o que perguntaria?
Eu perguntaria o mesmo a qualquer animal: percebes que és um animal?
Qual é o seu talento oculto, que poucas pessoas conhecem?
Penso que sou um excelente organizador. Algumas pessoas conhecem, mas não são muitas.
Se fosse uma cor, qual seria e porquê?
Azul, sem qualquer dúvida!
Qual é a palavra que mais gosta de dizer e porquê?
Impacto! O que eu mais gosto é que o que eu faço tenha impacto na minha área de trabalho, na ciência que se faz em Portugal e, claro, na vida dos doentes para os quais nós trabalhamos incansavelmente.
Se pudesse inventar qualquer coisa, o que seria?
Um tratamento para tornar doenças como o cancro em doenças crónicas, de forma a que este enorme fardo possa ser eliminado.
Qual é a coisa mais ridícula que já comprou?
Tantas que não me atrevo a dizer. Contudo o meu maior problema é sempre comprar sapatos que me ficam pequenos. Não percebo porquê!
Se tivesse de comer apenas uma comida para o resto da vida, qual seria?
Depois de muitos anos, concordo plenamente com a minha mulher. Seria peixe grelhado.
Qual é a sua memória de infância mais engraçada?
Das memórias mais profundas que tenho são da nossa casa de praia em El Quisco [Chile], a jogar xadrez com o meu pai e a ver o pôr do sol na enorme janela da sala, mesmo em frente às rochas e ao Pacífico, numa tarde fria de inverno.
Se fosse um meme, qual seria?
Bugs bunny, de certeza.
Qual seria o título da sua autobiografia?
What’s Up, Doc?
Se pudesse ser uma personagem de videojogo, quem seria?
Obviamente que seria o [Super] Mario Bros. porque traz memórias fantásticas do meu filho a ganhar-me sempre nos videojogos.
Qual é o seu trocadilho ou piada de favorito?
No meu melhor portunhol uma vez disse: “Uma velha mordeu o meu cão” quando queria dizer “uma abelha mordeu o meu cão”. A filha de 5 anos do meu amigo achou muito engraçado e perguntou: “Por que é que a velha mordeu o cão?”
Se pudesse ser invisível por um dia, o que faria?
Tentar perceber como é que fazem de nós parvos, roubam às mãos cheias o erário público e depois somos sempre nós a lidar com as consequências.
Qual foi a coisa mais inesperada que aprendeu recentemente?
Talvez uma das coisas mais interessantes que aprendi nestes últimos tempos é que, afinal, nós, os humanos, somos 95% animais e só 5% seres racionais, criativos, iluminados, artistas, cientistas, criativos, etc....