A CGTP-IN apresentou as suas prioridades reivindicativas para 2026, com destaque para um aumento geral dos salários de, pelo menos, 15% e nunca inferior a 150 euros, e a fixação do salário mínimo nacional em 1.050 euros já em janeiro.De acordo com o documento aprovado esta quinta-feira, 11 de setembro, a central sindical considera que os baixos salários continuam a ser “um entrave ao desenvolvimento do país” e denuncia que metade dos trabalhadores ganha 880 euros ou menos.A CGTP-IN sublinha que 57% dos assalariados recebem menos de mil euros brutos e que 18,3% vivem apenas com o salário mínimo.A central critica ainda o pacote laboral do Governo PSD/CDS, que acusa de “fragilizar ainda mais os direitos”, facilitando despedimentos e alargando a precariedade.Em contrapartida, reivindica a reposição do princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador, a revogação da caducidade da contratação coletiva, a redução do horário semanal para 35 horas sem perda de salário e a reposição dos 25 dias úteis de férias.Para a CGTP-IN, o aumento dos salários é “urgente, possível e necessário”, estimando que a medida custaria menos de 10 mil milhões de euros, valor que compara “com os 33,4 mil milhões de euros apropriados por 1.615 grandes empresas na economia nacional”, apontam.A central sindical defende também o reforço dos serviços públicos de saúde, educação, segurança social e habitação, bem como medidas de combate à precariedade e de valorização das carreiras e profissões.A CGTP-IN convocou ainda uma Jornada Nacional de Luta contra o pacote laboral, marcada para 20 de setembro, com manifestações no Porto (10:30) e em Lisboa (15:00), exigindo ao Governo a retirada das propostas de alteração à legislação laboral que considera um “ataque generalizado” aos direitos dos trabalhadores.