Lino Santos, coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança
Lino Santos, coordenador do Centro Nacional de CibersegurançaCarlos Pimentel

Centro Nacional de Cibersegurança alerta para ameaça de roubo de dados sensíveis

Infostealers representam “desafios particulares”, visto que a sua utilização “reduz o custo inicial de intrusão nas infraestruturas digitais e coloca em causa boas práticas de proteção”.
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O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) alertou para a ameaça crescente dos infostealers, que roubam dados sensíveis, e apelou para a implementação de medidas preventivas, segundo um comunicado divulgado esta terça-feira, 4 de novembro.

“Em 2025, cerca de 80% do código malicioso detetado pelo CERT.PT foi do tipo infostealer - uma ameaça que recolhe dados sensíveis em dispositivos informáticos, como credenciais de acesso a contas pessoais ou profissionais, dados armazenados nos browsers, ou emails e outros documentos”, destacou, na mesma nota.

Segundo o CNCS, estes infostealers representam “desafios particulares”, visto que a sua utilização “reduz o custo inicial de intrusão nas infraestruturas digitais e coloca em causa boas práticas de proteção, como o uso de palavras-passe fortes”.

Assim, “e por se tratar de um problema crescente” que implica reforço de medidas de segurança, o CNCS disponibilizou, no seu‘site “informação que inclui a caracterização dos vetores de ataque mais frequentes, os modos pelos quais este tipo de programa recolhe os dados e as recomendações de boas práticas para organizações e para indivíduos”.

“Todas as entidades públicas e privadas, em particular aquelas que facilitam o acesso remoto às suas redes e sistemas de informação, precisam estar cientes dos riscos associados aos infostealers e proteger-se contra esta ameaça que potencia outros ciberataques de maior impacto nas redes e sistemas de informação”, destacou.

Caso seja identificado, disse a entidade, “importa salientar que as entidades não se devem limitar a forçar a alteração das palavras-passe capturadas, pois os dispositivos eletrónicos podem ainda estar infetados com o infostealer.

O CNCS apontou técnicas como o phishing, técnicas de otimização de resultados em motores de pesquisa, conteúdo publicitário, programas e jogos, publicações em redes sociais e outros como motores da instalação de ‘infostealers’.

A organização apontou diversas recomendações a entidades e particulares, como por exemplo “utilizar o browser em modo de navegação anónimo por defeito, remover automaticamente cookies e tokens de forma periódica, limitar funções de autopreenchimento e evitar guardar credenciais de acesso a contas no browser.

Sugeriu ainda “não clicar em links suspeitos, janelas pop-up ou descarregar ficheiros ou software a partir de páginas de internet de origem desconhecida ou duvidosa”, bem como “não guardar credenciais de contas profissionais num gestor de palavras-chave pessoal” e usar a autenticação multifator, entre outras, disponíveis no site da entidade.

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