Caso Jéssica. Prisão preventiva para os três suspeitos

Os três arguidos suspeitos da morte de uma criança de três anos em Setúbal vão ficar em prisão preventiva.

A determinação foi do Tribunal de Setúbal, onde os três arguidos foram ouvidos por um juiz de instrução. Esta é a medida de coação mais grave prevista no Código Penal. A decisão foi anunciada aos jornalistas pelo juiz presidente da Comarca de Setúbal, António Fialho.

Os três arguidos foram detidos pela Polícia Judiciária por suspeita de homicídio qualificado, rapto, extorsão e ofensas à integridade física. António Fialho escusou-se a adiantar mais pormenores, alegando segredo de justiça.

Na quinta-feira, a Polícia Judiciária revelou ter detido três pessoas por suspeita do homicídio: uma mulher de 52 anos a quem a mãe da criança devia dinheiro, inicialmente identificada como ama, o seu marido, com 58 anos, e a filha, de 27 anos. Estes foram os três arguidos para quem agora foi decretada prisão preventiva.

A morte da menina ocorreu na segunda-feira, depois de a mãe ter ido buscá-la a casa de uma mulher que identificou às autoridades como ama da criança.

De acordo com a mãe, a menina esteve cinco dias ao cuidado da mulher e tinha sinais evidentes de maus-tratos, como hematomas, pelo que foi chamada a emergência médica.

A criança foi assistida na casa da mãe e transportada ao Hospital de São Bernardo, onde foi sujeita a manobras de reanimação, mas não sobreviveu aos ferimentos.

A mãe da menina e o padrasto foram também ouvidos durante a noite de quarta-feira na PJ, mas não foram constituídos arguidos. Segundo João Bugia, a mãe da menina foi "ardilosamente enganada" e levada a entregar a filha por conta de uma dívida de 400 euros que tinha para com a suspeita.

Nos cinco dias em que permaneceu na casa dos detidos, a criança terá sofrido maus-tratos severos.

João Bugia revelou ainda que, apesar de haver algumas suspeitas iniciais de eventuais agressões sexuais contra a criança, esses indícios não foram confirmados na autópsia realizada na quarta-feira.

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