Os veículos pesados de mercadorias deixarão de pagar portagem na Circular Regional Exterior do Porto (CREP, autoestrada A41), à hora de ponta, a partir de março, para começar a libertar o trânsito da VCI no Porto."A partir do próximo dia 01 de março, os transportes pesados deixarão de pagar portagem na CREP em dois períodos horários: no período horário entre as 07:00 e as 10:00 e entre as 16:00 e as 19:00”, anunciou esta segunda-feira, 24 de novembro, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, após uma reunião com os autarcas da Área Metropolitana do Porto, na sede da instituição.Na mesma ocasião, o presidente da AMP e da Câmara do Porto, Pedro Duarte, anunciou que esta medida "vai ter que ser complementada com medidas, também, ao nível da própria VCI [Via de Cintura Interna], comprometendo-se a propô-las ao Governo "até ao final deste ano", para ter uma decisão tomada também a 01 de março.Miguel Pinto Luz disse que esta é "uma medida de incentivo à utilização cada vez maior da CREP em detrimento da VCI, que é (...) o maior problema de tráfego" do país, não havendo "algo sequer comparável com mais nenhuma via na Área Metropolitana de Lisboa ou noutra zona do país".Clarificando que as medidas se referem exclusivamente a pesados de mercadorias, relativamente às soluções de intervenção direta na VCI que serão estudadas pelos municípios referiu que "várias soluções estão em cima da mesa", mas não quis antecipar."Mas passarão, obrigatoriamente, por impedir cada vez mais, ou dificultar cada vez mais, a passagem destes pesados na VCI", vincou, apontando em cerca de 10 milhões de euros anuais o valor que o Estado terá de ressarcir a concessionária da CREP/A41.Já Pedro Duarte disse que "há a possibilidade de colocação de pórticos cuja portagem seja, de alguma maneira, desincentivadora para o atravessamento da cidade e da Área Metropolitana”.“Temos a possibilidade de, eventualmente, nos horários em que estamos a falar [07h00 às 10h00 e 16h00 às 19h00] haver a própria proibição de pesados de mercadorias para efeitos de atravessamento da área metropolitana", referiu o autarca do Porto.