Bloco e PS pedem a Moedas que afaste vereador do CDS acusado de tentativa de fraude eleitoral
Leonardo Negrão / Global Imagens

Bloco e PS pedem a Moedas que afaste vereador do CDS acusado de tentativa de fraude eleitoral

Perante as suspeitas que recaem sobre um dos elementos do executivo, dois dos partidos da oposição vieram pedir consequências ao presidente da autarquia.
Publicado a
Atualizado a

Diogo Moura, vereador do CDS-PP na Câmara de Lisboa, está debaixo de fogo de PS e Bloco de Esquerda na autarquia lisboeta. O motivo? A ação judicial interposta pelo Ministério Público, em que o dirigente centrista (é um dos vice-presidentes do partido) é acusado de dois crimes de fraude eleitoral, agravados, na forma tentada.

Alegadamente, Diogo Moura terá procurado manipular os votos de militantes do partido em eleições para os delegados do Conselho Nacional em duas eleições (2019 e 2021). Em declarações à CNN Portugal (que divulgou este caso), o dirigente afirmou que nunca foi “condenado, “julgado”, “nem sequer pronunciado” e garantiu que está pronto a provar a sua inocência.

Com isto, os vereadores do Bloco de Esquerda na câmara de Lisboa pediram ontem a Carlos Moedas que substitua “imediamente” o vereador. Recordando que numa entrevista ao Público, durante a campanha para as autárquicas, o autarca afirmou que “nunca teria” consigo um vereador suspeito de crimes, os bloquistas consideram que Diogo Moura “não tem condições para manter funções políticas”. À data dos factos, o vereador era presidente da concelhia de Lisboa do CDS.

Em comunicado, os vereadores do PS recordam que “nunca tiveram qualquer acusação judicial ao longo dos 14 anos” em que lideraram a autarquia. “É incompreensível e inaceitável que alguém acusado de fraude eleitoral possa continuar a coordenar a realização das eleições na maior cidade do país”, reiteram.

Na mesma nota, os socialistas pedem que “seja retirada a Diogo Moura a delegação de competências sobre a coordenação dos atos eleitorais na cidade, com efeitos imediatos”. Isto impedi-lo-ia de organizar “o sufrágio das eleições europeias”.

Na sequência do caso, o DN contactou a Câmara Municipal de Lisboa para tentar obter uma reação. Recusando-se a comentar, a autarquia remeteu para as declarações feitas à CNN Portugal.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt