Um bebé de 11 meses, chamado Luan, morreu no passado dia 22 de agosto à porta do centro de saúde de Idanha-a-Nova. A mãe, Patrícia, de 20 anos, alega que o atendimento foi recusado porque a unidade de saúde estaria perto da hora de encerramento. O caso foi agora conhecido e está a ser investigado.A notícia foi avançada pelo canal Record Europa. De acordo com a mãe, o menino, que era saudável e não tinha problemas de saúde diagnosticados, começou a sentir-se mal na madrugada do dia 22 de agosto. Os sintomas iniciais eram vómitos e algum desconforto, mas sem febre. A família dirigiu-se ao centro de saúde de Idanha-a-Nova, de onde foi encaminhada para a Urgência Pediátrica do Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco.Após receber alta clínica e a prescrição de medicamentos, a família regressou a casa. No entanto, o estado de saúde da criança piorou. Ao ver a aflição da mãe, um amigo da família, Daniel, recomendou que procurassem novamente uma urgência, conta a mãe.Ao regressarem ao centro de saúde de Idanha-a-Nova, o atendimento terá sido recusado, diz ainda a progenitora. Foi então acionado o 112 para transportar o bebé de volta para o hospital em Castelo Branco. O bebé acabou por morrer à porta da urgência.A Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco confirmou a sucessão de eventos e informou que abriu um inquérito interno para apurar o que aconteceu. Num comunicado, a ULS lamentou o desfecho, afirmando que "não tendo sido possível evitar" a morte da criança após o seu regresso ao Serviço de Atendimento Complementar de Idanha-a-Nova com um "agravamento do seu estado clínico".O Ministério da Saúde também se pronunciou, detalhando a resposta do INEM após ser contactado. Segundo comunicado, o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) recebeu uma chamada do centro de saúde a pedir apoio para um bebé de 11 meses em paragem cardiorrespiratória. Foram ativados de imediato uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Idanha-a-Nova e uma Unidade Móvel de Intervenção Psicológica de Emergência (UMIPE). Apesar dos esforços, "o bebé não recuperou da situação de PCR".Também o Ministério Público de Castelo Branco já deu início a uma investigação à morte do bebé, e o advogado da família irá consultar o processo para determinar os próximos passos.