BdP alerta para tentativas de fraude por mensagens ou chamadas

BdP alerta para tentativas de fraude por mensagens ou chamadas

Banco de Portugal apela para que consumidores estejam em alerta quando recebem mensagens ou chamadas que reclamam pagamentos de serviços como energia, água, telecomunicações ou a entidades públicas.
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O Banco de Portugal (BdP) apelou esta quarta-feira, 15 de outubro, para que os consumidores estejam em alerta quando recebem mensagens ou chamadas que reclamam pagamentos de serviços como energia, água, telecomunicações ou a entidades públicas.

Numa nota publicada no seu portal, o BdP refere quatro passos que as fraudes tendem a repetir: o contacto por uma suposta entidade fiável ou pessoa conhecida, a criação de uma situação credível e urgente, pressão emocional e a indicação de um meio de pagamento.

Numa primeira fase, a potencial vítima pode receber uma mensagem, correio eletrónico ou chamada de alguém que se identifica como prestador de serviços, uma transportadora, uma entidade pública como a Autoridade Tributária ou a polícia.

Depois disto, é apresentada “uma situação credível que exige um pagamento imediato”, como a regularização de um pagamento em atraso ou de uma taxa para evitar a devolução de uma encomenda.

“Quando a burla recorre à figura de familiares ou amigos, a explicação pode passar pela avaria de um telemóvel ou pela necessidade de usar um número alternativo, sempre associada a um imprevisto que justifica o pedido urgente de dinheiro”, assinala o banco central.

Já a pressão emocional ocorre quando o burlão provoca “urgência e medo” para que a potencial vítima se sinta sob pressão e não tenha tempo para confirmar a informação.

Posteriormente, o burlão oferece a possibilidade de pagamento através de referência multibanco, transferência para um IBAN, por MB Way ou através de ‘links’ que simulam a aparência de portais oficiais.

Nesse sentido, o BdP deixa várias sugestões para os consumidores, pedindo que não cedam à urgência e analisem os pedidos recebidos “com cuidado”.

“Esteja atento a outros sinais de tentativas de burla, além do recurso à pressão emocional, como erros de linguagem, informação muito despersonalizada ou utilização de um meio de contacto que não é o habitual”, sugere, acrescentando que as entidades legítimas “não exigem pagamentos imediatos por SMS, e-mail ou WhatsApp”.

De igual forma, o banco central sugere a consulta de pagamentos em falta junto dos portais das entidades identificadas ou através de contactos oficiais.

Já na eventualidade de um pedido de dinheiro por um conhecido, “contacte-o através do número de telefone que conhece ou através de outro meio de contacto habitual”.

Também o acesso a ‘links’ desconhecidos deve ser evitado e o acesso ser feito por endereços eletrónicos do site a que se pretende aceder.

“Em caso de dúvida, não faça nenhum pagamento nem forneça dados pessoais sem confirmar que o pedido que recebeu é genuíno”, sublinha o BdP, que no momento do pagamento, sugere que se confirme sempre a identidade do destinatário.

“É possível identificar o destinatário em vários tipos de operações de pagamento, incluindo nos pagamentos com MB WAY, antes de confirmar a operação. Se o nome do destinatário não corresponder ao nome que esperava, não avance com o pagamento sem esclarecer a situação”, acrescenta o BdP.

Em caso de burla, a situação deve ser denunciada à policia mais próxima (PSP, GNR ou PJ) ou ao Ministério Público.

De igual forma, em caso de deteção de movimentos não autorizados na conta, os utilizadores devem contactar de imediato o seu banco.

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