O presidente da Câmara de Ponte da Barca disse esta segunda-feira, 28 de julho, que os “muitos reacendimentos” do incêndio que começou no sábado no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) estão “a complicar muito” o combate às chamas.“É um cenário muito complicado, com uma extensão grande, com muitos reacendimentos, reacendimentos próximos das populações. Há sítios em que a população está sozinha porque os meios estão empenhados em vários teatros, não se podem desdobrar. Se não fosse uma frase banal, descrevia a situação como o inferno na Terra”, afirmou.Em declarações à Lusa, Augusto Marinho referiu que o secretário de Estado da Administração Interna disse que o incêndio com duas frentes “é mais preocupante na Ermida, em Parada, e Cidadelhe”.“No lugar da Igreja, em Entre-Ambos-os-Rios, também está complicado. A antiga escola primária e uma casa situadas num local mais isolado estavam em risco. O vento muda de direção e surgem novos focos. É muito vento, é muito calor e um terreno muito difícil”, referiu.Augusto Marinho adiantou que, “graças aos operacionais no terreno, para já, não há ainda casas” afetadas.“Em algumas situações acho que Deus também meteu a mão”, desabafou o autarca social-democrata.O incêndio “já provocou prejuízos elevados, matando gado e consumindo anexos e alfaias agrícolas, entre outros”, referiu, acrescentando que falou com o secretário de Estado da Proteção Civil que lhe “assegurou que todos os meios aéreos disponíveis estão alocados ao fogo de Ponte da Barca”.Às 15:20, segundo o sítio na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estavam mobilizados nove meios aéreos, 357 operacionais e 112 viaturas de várias zonas do país para este incêndio.Devido a este incêndio, a Câmara de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo acionou hoje, às 00:00, o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil (PMEPC).O fogo deflagrou no sábado à noite no lugar de Parada, na freguesia do Lindoso, no Parque Nacional da Peneda-Gerês.