Ativistas da Climáximo pintam Castelo de São Jorge. "De que servem os monumentos?"

Ativistas da Climáximo pintam Castelo de São Jorge. "De que servem os monumentos?"

Esta organização protesta contra os incêndios que deflagraram em Portugal há cerca de duas semanas.
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Os ativistas da Climáximo pintaram esta sexta-feira uma parte da fachada do Castelo de São Jorge, em Lisboa, com tinta vermelha com o objetivo de alertar para as consequências dos incêndios que devastaram o norte do país há duas semanas.

Num comunicado, a Climáximo acusa governos e empresas de serem "incendiários" e de condenarem as pessoas "à morte e à miséria" por manterem a estratégia da obtenção de lucros a partir dos combustíveis fósseis.

 “Os castelos são algo que todas as pessoas querem preservar. Mas de que servem monumentos históricos, se permitirmos que a humanidade passe à história?”, questionam no comunicado, no qual a ativista Sara Gaspar deixa um alerta: "Os governos e empresas incendiários que sabem há décadas que estão a levar-nos para o colapso, mas que decidem manter os seus lucros com a queima de combustíveis fósseis, condenando pessoas aqui e em todo o lado à morte e à miséria. Nada disto é normal, tal como nada disto é inevitável. Temos de pará-los."

Esta organização anunciou um protesto para 23 de novembro.

Entretanto, a A EGEAC/Lisboa Cultura emitiu uma nota à imprensa onde indica que "lamenta e repudia o ato de vandalismo ocorrido esta manhã no Castelo de São Jorge, danificando um Monumento Nacional, património classificado e único da cidade e do país".

"O assunto está entregue às autoridades policiais competentes para o desenvolvimento do procedimento criminal contra os autores deste ato", acrescenta o comunicado.

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