Onze detidos. Ativistas cortaram um dos sentidos da Segunda Circular
Um grupo de ativistas interrompeu, na manhã desta terça-feira, o trânsito da Segunda Circular, no sentido Benfica-Aeroporto, junto das Torres de Lisboa. Há onze detidos, entre os quais os dois ativistas que se penduraram na ponte pedonal e que foram retirados pelos Bombeiros Sapadores de Lisboa. O trânsito já voltou ao normal.
Os ativistas do grupo Climáximo sentaram-se na faixa de rodagem, identificados com coletes, impedindo, durante alguns minutos, o trânsito nesta importante via da capital. A PSP foi chamada ao local.
Alguns condutores saíram dos carros e retiraram os ativistas da estrada, inclusive através de agressões, relata a TSF, dando conta que a manifestação manteve-se durante algum tempo junto à estrada, no passeio circundante e na ponte pedonal que atravessa a Segunda Circular.
Foi precisamente na ponte pedonal que dois ativistas se penduraram, exibindo uma faixa, na qual era possível ler "os governos e as empresas declararam guerra à sociedade e ao planeta". Só por volta das 11.00 foram retirados com o auxílio de uma grua e depois detidos.
De acordo com o JN, uma das ativistas do protesto terá sido agredida por um motociclista.
"Estão a destruir tudo o que amas", lia-se numa faixa exibida pelos ativistas.
"Vários ativistas foram levados do local pela PSP, enquanto os bombeiros foram chamados para remover os ativistas pendurados", referiu o movimento Climáximo, em comunicado enviado para as redações.
O porta-voz na ação, Noah Zino, voltou esta terça-feira a lembrar que "as emissões de 2021 condenaram à morte nove milhões de pessoas" e que "a cada dois dias, só as emissões de Portugal matam mais do que os incêndios de Pedrógão".
"Há décadas que os governos e as empresas sabem da destruição e morte da crise climática, e escolheram continuar a queimar combustíveis fósseis, apesar de haver alternativas mais baratas e seguras disponíveis", acrescentou o porta-voz.