O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira a redução das portagens das ex-SCTUS, uma medida que abrange as autoestradas A23, A24, A25 e A22 (Via do Infante), assim como a A13 que liga o Pinhal Interior ao Médio Tejo e Alentejo. Redução das portagens entra em vigor em janeiro de 2024 e será aplicada aos condutores dos veículos de classe 1, 2, 3 e 4.."Trata-se de uma questão de justiça territorial. Esta redução é importante para diminuir os custos nestes territórios, onde não há vias de qualidade alternativas e onde não existe transporte público coletivo nem em qualidade nem em quantidade", disse a ministra da Coesão territorial, Ana Abrunhosa, no final da reunião do Conselho de Ministros.."Com o decreto lei e subsequente portaria haverá a redução das portagens de 50% para 65% face às tarifas base de 2011. Estamos a falar de uma redução de 30% face aos preços atuais", detalhou. .As autoestradas A23 IP e Beira Interior, A24 Interior Norte, A25 Beira Litoral e Alta e A4 Transmontana e túnel do Marão, A13 e A13 1 Pinhal Interior estão abrangidas pela medida..Ministra explicou que no que se refere à A4, à A13 e A13 1 "ficam em pé de igualdade", em termos de descontos, com as anteriores..Ana Abrunhosa referiu que no caso da A13, esta redução, para um utilizador de classe 1, irá representar uma poupança de 246 euros por mês. No que se refere ao túnel do Marão, a poupança irá ser de 52 euros por mês, também uma viagem de ida e volta..A medida "envolve um esforço financeiro significativo", de "72.4 milhões de euros", acrescentou João Galamba, ministro das Infraestruturas, que destacou a redução das portagens na A22 (Via do Infante).."Entre Portimão-Faro, alguém que viaje duas vezes por dia, portanto ida e volta, pode poupar cerca de 50 e poucos euros por mês, cerca de 600 euros por ano. Estamos a falar de uma redução significativa", exemplificou o ministro.."Na situação do Algarve, esta descida das portagens é particularmente relevante porque devemos ver o Algarve no contexto do atual bloqueio da [Nacional] 125", reiterou, referindo-se a um litígio no Tribunal Arbitral..Ana Abrunhosa sublinhou: "nos tempos em que vivemos, esta é mesmo uma medida de caráter excecional que não pretendemos alargar a outras vias".