Apesar das parecenças com os modelos anteriores, Tim Cook afirma que o iPhone 16 “foi desenhado do zero”.
Apesar das parecenças com os modelos anteriores, Tim Cook afirma que o iPhone 16 “foi desenhado do zero”.FOTO: JUSTIN SULLIVAN / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Apple revela o primeiro iPhone desenhado para IA, com novo botão físico e melhor desempenho

Todos os modelos do iPhone 16 foram concebidos para funcionar com a nova Apple Intelligence. Mas estas funções de IA não chegarão à Europa, pelo menos para já.
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"A próxima geração do iPhone foi desenhada do zero”, disse o CEO da Apple, Tim Cook, momentos antes de revelar o novo smartphone. “Marca o início de uma era nova e entusiasmante. O iPhone 16 eleva a fasquia do que um iPhone consegue fazer.”

O centro da nova era é a camada de Inteligência Artificial Apple Intelligence, que está integrada em todos os aspetos dos novos dispositivos e é alimentada por um novo chip da empresa, o A18. As pré-reservas começam na sexta-feira e a chegada às lojas está marcada para 20 de setembro. Em Portugal, o 16 começa nos 989 euros e o 16 Plus custa a partir de 1139 euros. Os modelos premium terão preços que começam nos 1249 euros (16 Pro) e 1499 euros (16 Pro Max). 

“A Apple Intelligence vai transformar muito do que se pode fazer com o iPhone”, declarou o vice-presidente de Engenharia de Software da Apple, Craig Federighi, dando exemplos do que os utilizadores podem esperar. Uma assistente digital Siri muito mais inteligente, capaz de ir buscar documentos que a pessoa não sabe onde estão e de atualizar automaticamente o cartão de um contacto com uma nova morada. Ajuda a escrever notas e sumários automáticos de reuniões. Caixa de e-mail prioritária com resumo dos e-mails no topo. Criação de emojis com IA generativa...

Muitas destas funcionalidades já tinham sido apresentadas em junho e o que o mercado quer ver agora é como vão funcionar no mundo real.

A Apple Intelligence usa os dados e contexto pessoal dos utilizadores e processa-os através da Private Cloud Compute, uma rede própria de servidores cloud que “nunca” armazena nada, disse Federighi.

Mas aquilo que é o principal chamariz do iPhone 16 não vai chegar tão cedo à Europa. A Apple está ainda a estudar como vai introduzir as funcionalidades de IA em conformidade com as diretivas da União Europeia, que está a ter uma abordagem muito mais rigorosa com a IA do que outras regiões. 

Esta questão não foi referida no lançamento desta segunda-feira. Federighi disse apenas que a Apple Intelligence chegará primeiro em inglês e que novas línguas, incluindo espanhol e francês, serão adicionadas no próximo ano. 

Para lá da IA, houve um refrescamento do visual dos telefones, incluindo a adição do novo botão físico “controlo da câmara” e o alargamento dos ecrãs na versão Pro e Pro Max, que agora têm 6,3 e 6,9 polegadas.

O novo botão aparece de lado e vai dar acesso à câmara, permitindo tirar fotos e fazer vídeos sem ajustar o posicionamento da mão, com controlos que são abertos por toques suaves. Também dá acesso à “Inteligência Visual”, que permite apontar para um póster, extrair a informação e colocá-la no calendário, pedir ao ChatGPT que explique uma fórmula matemática ou perguntar ao Google onde comprar uma bicicleta como aquela que está à sua frente.

Os chips A18 e A18 Pro são mais eficientes e rápidos, a bateria foi otimizada e o desempenho das câmaras dá um grande salto, em especial nos Pro. É introduzida a câmara lenta cinemática e haverá um editor de som com qualidade de cinema. O iPhone 16, disse Tim Cook, é o “mais avançado” que a Apple já criou e vai “aprofundar o impacto significativo” que tem na vida das pessoas.

A marca também usou o evento para introduzir o Watch Series 10, Watch Ultra 2, AirPods 4 e AirPods Pro 2, com grande foco em funcionalidades de saúde.

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