Apenas metade dos candidatos ao ensino superior na 2.ª fase do concurso nacional ficou colocada, num total de 8.824 novos caloiros nas universidades e politécnicos, segundo dados divulgados esta noite.Dos 16.594 candidatos à 2.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES), ficaram colocados menos de nove mil, segundo dados da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), que mostram que entraram mais alunos nas universidades do que nos politécnicos: Quase 4.900 conseguiram lugar numa das 13 universidades públicas e os restantes nos politécnicos.Somando as duas fases do CNAES, há agora pouco mais de 52 mil caloiros em instituições públicas, o que representa quase menos cinco mil estudantes do que no ano passado.Mas os alunos ainda podem concorrer à 3.ª fase, cujas vagas serão divulgadas no dia 22 de setembro no site da DGES.As duas instituições com mais alunos colocados nesta fase situam-se na capital: Entraram agora mais 1.036 alunos em cursos da Universidade de Lisboa e outros 623 no Instituto Politécnico de Lisboa.Olhando para as instituições com mais vagas sobrantes destacam-se os institutos politécnicos de Bragança (1.218 vagas), de Coimbra (634), de Viseu (572) e da Guarda (547).Na generalidade das universidades sobraram menos vagas, com o ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa a apresentar apenas sete vagas sobrantes, a Universidade Nova de Lisboa com 52 e, no extremo oposto, a Universidade de Aveiro com 310 lugares.Entre universidades e politécnicos, sobraram 9.313 vagas, mas cabe às instituições decidir se abrem ou não mais lugares. Da lista divulgada pela DGES, apenas a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa ficou com zero vagas.“Cada instituição de ensino superior decide, para cada um dos seus cursos, sobre a abertura da terceira fase do concurso”, sublinham os serviços do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, lembrando que as instituições não podem abrir mais vagas do que as que agora sobraram, acrescidas às vagas que não venham a ser ocupadas pelos estudantes agora colocados.Os estudantes colocados na 2.ª fase devem realizar a matrícula e inscrição entre os dias 15 e 17 de setembro junto da instituição de ensino superior onde ficaram colocados.Já as candidaturas para a 3.ª fase decorrem online entre os dias 23 e 25 de setembro.Os dados agora divulgados pela DGES mostram que quase oito mil candidatos desta fase eram alunos que já tinham conseguido uma vaga na 1.º fase, mas decidiram voltar a tentar.Houve depois outros cerca de três mil alunos que não tinham ficado colocados na 1.º fase e 5.595 que se candidataram apenas agora pela primeira vez ao CNAES de 2025..Só três alunos entram em Medicina no Porto .O curso de Medicina da Universidade do Porto volta a ser a formação com a nota média de acesso mais elevada, já que o último aluno a conseguir entrar na 2.ª fase do concurso nacional tinha uma média de 19,38 valores.Apenas três alunos entraram no mestrado integrado de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto (UP), segundo os resultados da 2.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES).Mas esta não é a única formação em que agora só entraram alunos com médias acima de 19 valores, numa escala de zero a 20: Há outros dois cursos na Universidade do Porto e um na Universidade de Lisboa em situação semelhante.O último aluno a entrar na licenciatura de Engenharia e Gestão Industrial, da Faculdade de Engenharia da UP, tinha uma média de 19,35 surgindo assim em segundo lugar no ‘ranking’.Em terceiro lugar aparece outro curso também reconhecido por ser dos mais difíceis de entrar devido às elevadas médias de acesso que é o curso de Engenharia Aeroespacial, no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa.Nesta 2.ª fase entraram apenas dois alunos, sendo que a média mais baixa foi de 19,25 valores.Finalmente, entraram quatro alunos no mestrado integrado de Arquitetura, da UP, e a média mais baixa foi de 19,18.No total, há 29 cursos em que agora entraram 109 estudantes com notas de excelência, já que os alunos com a média mais baixa tinham, no mínimo, 18 valores.Na 1.ª fase do CNAES, Engenharia Aeroespacial na Universidade do Porto foi o curso com a média mais alta: 19,43 valores, seguindo-se cursos de Medicina, Matemática Aplicada à Economia e Gestão ou Bioengenharia como as formações em que só ficaram colocados alunos com uma média mínima de 18 valores.Olhando para esta 2.ª fase e para as formações com médias mais baixas destacam-se 36 cursos em que houve alunos que se candidataram com uma média inferior a 11 valores e conseguiram um lugar.No topo desta "tabela" surge a licenciatura em Ciências Florestais e Recursos Naturais, da Escola Superior Agrária de Coimbra do Instituto Politécnico de Coimbra, em que entrou apenas um aluno com 10 valores, ficando as restantes 14 vagas por ocupar.Mas houve ainda outros 80 cursos que disponibilizaram 1.721 vagas e não viram nenhum aluno agora colocado, sendo a grande maioria das formações oferecidas por institutos politécnicos e apenas 14 por universidades.Nesta 2.ª fase do CNAES apenas metade dos mais de 16 mil candidatos ficou colocada numa instituição de ensino superior pública, sendo que sobraram 9.313 vagas, que poderão voltar a estar disponíveis para os alunos que se candidatem à 3.ª fase.Os alunos agora colocados devem realizar a matrícula e inscrição entre os dias 15 e 17 de setembro, já para os que querem tentar a 3.ª fase, as vagas serão divulgadas a 22 de setembro no site da DGES..Cursos de professores muito concorridos .Os cursos de formação de professores foram procurados como primeira opção por três vezes mais alunos do que as vagas disponibilizadas pelas instituições na 2.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES).Todas as 305 vagas abertas para cursos de formação de professores, de formadores e de ciências da educação ficaram preenchidas na 2.ª fase do CNAES.Na semana em que os alunos desde o pré-escolar ao ensino secundário regressam às aulas e em que a falta de professores volta a ser um dos temas em destaque, a DGES mostra que continua a aumentar a procura por cursos que permitem aos jovens virem a ser docentes.As instituições de ensino superior abriram nesta 2.º fase 305 vagas, às quais se candidataram 966 estudantes como primeira opção. Os números mostram que ficaram colocados precisamente 305 alunos.Além das vagas inicialmente abertas podem aparecer novos lugares que pertenciam a alunos colocados na 1.º fase que se candidatam a um novo curso na 2.º fase ou vagas adicionais que são abertas quando há, por exemplo, apenas uma vaga e dois alunos com exatamente a mesma nota. Segundo a DGES, houve 68 vagas de recolocação e sete vagas adicionais. No final, sobraram 75 vagas.Já na 1.ª fase do concurso, o número de estudantes colocados em licenciaturas em Educação Básica tinha aumentado 20,3% face ao ano anterior, tendo ficado ocupadas todas as 1.199 vagas disponibilizadas.A procura por estes cursos tem vindo a aumentar nos últimos tempos, com um crescimento de 64,9% nos últimos três anos, segundo dados do ministério da Educação, que reconhece que continua a ser preciso formar e atrair mais professores.Em fevereiro deste ano, o Governo anunciou que iria pagar até 2.500 bolsas a estudantes de licenciaturas em Educação Básica assim como de mestrados em Ensino, ficando os alunos obrigados a concorrer a escolas públicas nos três anos seguintes à conclusão do curso. Olhando para os dados, continuam a ser as áreas da saúde e de ciências empresariais que mais atraem os jovens: Na área da saúde concorreram em 1.ª opção 2.614 jovens, tendo ficado colocados menos de metade (1.042), assim como houve 2.594 candidatos que colocaram como 1.ª escolha cursos das ciências empresariais, tendo 1.533 conseguido uma vaga.Também as áreas de Ciências Sociais e de Comportamento foram escolhidas por 2.118 alunos, mas apenas 830 conseguiram lugar no ensino superior nesta 2.ª fase. Nas áreas de “Engenharia e Técnicas Afins” concorreram 1.993, dos quais 1.214 ficaram colocados.Já os serviços de segurança parecem ser os menos atraentes para quem quer prosseguir estudos, tendo apenas uma pessoa colocado cursos dessa área como primeira opção.Os serviços de transporte foram escolhidos em 1.º lugar por apenas cinco pessoas e os cursos das áreas da Indústria Transformadora contaram com 42 pessoas a concorrer em 1.ª opção.Nesta 2.º fase do CNAES ficaram colocados quase nove mil candidatos em instituições públicas, a maioria em universidades, devendo os estudantes realizar a matrícula e inscrição entre os dias 15 e 17 de setembro.Olhando para as duas fases do concurso, há até agora pouco mais de 52 mil caloiros, o que representa quase menos cinco mil estudantes do que no ano passado. Mas os alunos ainda podem concorrer à 3.ª fase, cujas vagas serão divulgadas a 22 de setembro no site da DGES.Para já sobraram 9.313 vagas, mas cabe às instituições decidir se abrem ou não mais lugares. Da lista divulgada pela DGES, apenas a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa ficou com zero vagas sobrantes.