Advogado António Serra Lopes morre aos 87 anos

O advogado António Serra Lopes morreu esta sexta-feira, aos 87 anos, segundo um comunicado divulgado este sábado pela Ordem dos Advogados. que adianta que o velório decorre esta tarde, pelas 16:30, na Igreja da Ressurreição, em Alvide, Cascais.
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A mesma fonte adianta que o velório decorre esta tarde, pelas 16:30, na Igreja da Ressurreição, em Alvide, Cascais.

Recorde-se que Serra Lopes, entre outros casos, foi advogado de Carlos Cruz no caso Casa Pia.

Nascido em 1934, em Lisboa, António Serra Lopes concluiu a licenciatura na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa em 1958 e inscreveu-se como advogado quatro anos depois, tendo exercido advocacia na comarca de Lisboa. Fez ainda o curso de Direito Comparado na Faculdade Internacional de Direito Comparado de Estrasburgo (1967).

António Serra Lopes era casado com a também advogada e primeira mulher bastonária da OA, Maria de Jesus Serra Lopes. Durante a sua carreira viveu ainda no Brasil, onde esteve inscrito na respetiva ordem profissional a partir de 1975, e exerceu no escritório "Gouvea Vieira, José Nabuco & Associados", no Rio de Janeiro, entre 1975 e 1980.

"O Senhor Bastonário, Prof. Doutor Luís Menezes Leitão, e o Conselho Geral manifestam o seu mais profundo pesar pelo falecimento do nosso Ilustre Colega, Dr. António Serra Lopes, e apresentam sentidas condolências à Senhora Bastonária Maria de Jesus Serra Lopes e restante Família", pode ler-se na nota da OA.

A sua filha, a jornalista Inês Serra Lopes, recordou no Facebook o pai, que diz ter sido um homem "vertical, intransigente, divertido, extraordinariamente inteligente, com o maior sentido de humor e uma imaginação verdadeiramente prodigiosa".

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Membro da Union International des Avocats (UIA), da International Bar Association (IBA) e do Centro de Arbitragem da Associação Comercial de Lisboa (Secção Nacional da Câmara de Comércio Internacional), António Serra Lopes foi, nas palavras de Luís Cortes Martins, sócio da SLCM, e Managing Partner da Sociedade, "um dos maiores advogados de um grande geração de juristas, um homem que teve importante intervenção cívica nos tempos mais difíceis da nossa Democracia, uma inteligência superior, um sentido de humor e uma grandeza humana a que ninguém ficava indiferente. Foi meu Patrono, ensinou-me a ser advogado, foi um amigo de todas as horas e deixa na SLCM uma marca fortíssima de carácter, de exigência e de integridade. Tinha um carinho muito especial pelos mais novos e uma preocupação com a sua formação."

A encomendação - cerimónia conduzida por um padre, mas sem missa - está marcada para este domingo, às 12:30.

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