A sua virtude preferida? Brio. Em mim e nos outros. Sentido de responsabilidade, de dever cumprido e gosto pela perfeição. Para dormir descansada e em paz..A qualidade que mais aprecia num homem? Saber ser, saber estar..A qualidade que mais aprecia numa mulher? Saber ser, saber estar..O que aprecia mais nos seus amigos? Lealdade..O seu principal defeito? Ansiedade em querer agarrar o mundo de uma só vez e incapacidade de saber lidar com as incertezas..A sua ocupação preferida? Viajar, conhecer pessoas empreendedoras e locais inspiradores..Qual é a sua ideia de "felicidade perfeita"? O meu filho a rir a bandeiras despregadas..Um desgosto? Chegar a muitos fins do dia com a frustração absoluta da incapacidade de conciliação entre a vida profissional e familiar..O que é que gostaria de ser? Mais disciplinada com prazos..Em que país gostaria de viver? Nunca ambicionei viver muito tempo fora de Portugal! Adoro viajar e até passei temporadas de investigação em Paris, Montreal ou Washington, mas nada se compara ao regresso a casa e aos nossos..A cor preferida? Coral, pela energia vibrante, espirituosa e despreocupada..A flor de que gosta? Tulipa. Brancas para momentos de paz e tranquilidade. Laranjas ou amarelas para atrair vitalidade..O pássaro que prefere? O açor, pelas origens da minha avó paterna e pela habilidade para voos grandes e velozes..O autor preferido em prosa? Sophia de Mello Breyner Andresen, pelo mar no olhar e a clarividência da leitura sobre o país..Poetas preferidos? David Mourão Ferreira (o seu cancioneiro de natal é uma evocação regular em família), Vitorino Nemésio pelas Cantigas de Coimbra e Miguel Torga pela versatilidade e arrojo..O seu herói da ficção? Forrest Gump, pela ingenuidade bondosa e a sua caixa de chocolates..Heroínas favoritas na ficção? Birgitte Nyborg em Borgen e Elizabeth McCord em Madam Secretary. Assumo a minha preferência por séries de culto em que a liderança feminina é bem real, mesmo que qualquer relação com a ficção seja mera coincidência..Os heróis da vida real? As crianças, pela sua ingenuidade e pureza incondicional, por nos darem colo sem saberem que é quando mais precisamos de alento..As heroínas históricas? Maria de Lourdes Pintasilgo, por ter feito história e abrir caminho para se continuar a acreditar em fazer história..Os pintores preferidos? Mário Silva e Zé Penicheiro por me fazerem evadir nas minhas origens entre a Coimbra e a Figueira da Foz; Frida Kahlo, pela exuberância da história de vida..Compositores preferidos? Astor Piazzolla (para ouvir de olhos fechados no Teatro Colon pela Orquestra Filarmónica de Buenos Aires) e Rui Massena (pela alma irreverente que entrega em cada partitura)..Os seus nomes preferidos? António, o nome do meu filho e o do meu avô materno..O que detesta acima de tudo? O ódio gratuito e a inveja infundada, a deslealdade e a intriga fácil, o permanente descontentamento e queixume..A personagem histórica que mais despreza? Paul Joseph Goebbels, pelo receio de não termos aprendido totalmente com o erro de moldar a moral pela propaganda do rancor e preconceito..O feito militar que mais admira? Batalha das Termópilas. Do ponto de vista estratégico e tático, é dos melhores exemplos de patriotismo e de combate em grande desvantagem e contra todas as adversidades..O dom da natureza que gostaria de ter? Saber voar sem rede, como a criança que nunca cresceu..Como gostaria de morrer? Velhinha, tranquila e serena, a contemplar o mar da minha infância..Estado de espírito atual? A acusar um certo burnout digital, ansiosa por dias quentes, sem horários, rotinas ou obrigações..Os erros que lhe inspiram maior indulgência? A primeira tentativa de aprendizagem, porque ninguém nasce ensinado e uma ou outra "falha" por desconhecimento cultural ou civilizacional. Mas a insistência no erro propositada, por displicência ou indiferença, revela em mim alguma intolerância e incompreensão..A sua divisa? "Tu deviens responsable pour toujours de ce que tu as apprivoisé" (Anthoine de Saint Exupery).