23357 alunos estão sem aulas a uma disciplina desde o início do ano letivo
FOTO: Adelino Meireles

23357 alunos estão sem aulas a uma disciplina desde o início do ano letivo

Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) faz ponto de situação do primeiro mês do ano letivo e aponta melhorias, resultado das medidas implementadas para combater a falta de professores.  
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Um mês depois do arranque do ano letivo, há 720 horários por preencher nas escolas públicas, o que resulta em 54060 alunos que ficaram sem aulas a uma disciplina em algum momento durante este período. Desses, 23357 alunos estão sem aulas desde o início do ano letivo a uma disciplina. Em comunicado, o MECI adianta ainda que 79 docentes aposentados vão voltar a dar aulas e 567 professores regressaram à profissão este ano letivo. Recorde-se que o MECI traçou como objetivo  reduzir em 90% o número de alunos sem aulas durante todo o 1.º período, comparativamente a 2023/2024, tendo implementado várias medidas para cumprir essa vontade.

“Concluído o concurso interno e externo, após a realização de 8 reservas de recrutamento de professores e da contratação de escola, estão por preencher 720 horários, sendo que destes há 357 horários que estão por preencher desde o início das aulas. Até ao dia 16 de setembro, último dia do período para o arranque do ano letivo, as escolas tinham pedido 11.583 horários tendo ficado, nessa altura, 4.065 horários por preencher”, pode ler-se no documento. 

“Esta redução de horários por preencher reflete já as várias medidas desenhadas pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) para cumprir o objetivo de reduzir em 90%, no final do 1.º período, o número de alunos sem aulas desde o início do ano letivo em relação a 2023/2024”, refere o comunicado.

O comunicado adianta ainda a atribuição de apoios de deslocação a 2234 docentes colocados em escolas com maior carência de professores “dos quais, quase metade, 1.033 são professores que estão colocados a mais de 300 quilómetros da residência fiscal e que, por isso, vão receber o valor máximo do apoio, 450 euros mensais”.

Já no que se refere ao número de horas extraordinárias, “foram solicitadas por 179 agrupamentos escolares e escolas não agrupadas 2.016 horas extraordinárias, com implicações em 16.912 alunos que frequentam 801 turmas”.

A criação de um concurso extraordinário para vincular professores na zona Sul do país também “deverá reduzir ainda mais o número de alunos sem aulas.  Foram opositores ao concurso 5675 professores para as 2.309 vagas nos Quadros de Zona Pedagógica das áreas de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.

“A Educação é um processo contínuo e a interrupção prolongada da aprendizagem provoca danos profundos, pondo em causa o futuro dos jovens, as expetativas das famílias e o investimento do Estado numa Educação geradora de igualdade de oportunidades. As medidas do Governo visam resolver desafios estruturais que ainda prejudicam os alunos”, conclui o comunicado.

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