Em dia com 14 mortes, internamentos e incidência voltam a subir
Foram confirmados, em 24 horas, 2216 novos casos de covid-19 em Portugal, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). O relatório desta segunda-feira (6 de dezembro) refere ainda que morreram mais 14 pessoas devido à infeção por SARS-CoV-2.
Dados sobre a situação nos hospitais indica que que há agora 948 internados, ou seja, mais 37 que no dia anterior. Nas unidades de cuidados intensivos estão agora 135 doentes, mais um que no domingo.
Na distribuição por regiões, verifica-se que foi no Algarve onde se registaram mais mortes, com um total de cinco, enquanto em Lisboa e Vale do Tejo morreram quatro pessoas por causa da doença. No Norte foram declarados três óbitos, enquanto no Centro registaram-se dois.
No que diz respeito a novas infeções, a região Norte contabilizou 683, à frente de Lisboa e Vale do Tejo (662), Centro (480), Algarve (218), Madeira (106), Alentejo (50) e Açores (17).
O boletim desta segunda-feira reflete ainda um aumento significativo na taxa de incidência que a nível nacional passou de 374,0 para os 410,4 casos de infeção por 100 mil habitantes. No continente, a subida foi de 376,5 para 413,9.
No que diz respeito ao R(t), verifica-se uma ligeira diminuição tendo passado de 1,13 para 1,10 em todo o território, e dos 1,14 para 1,11 no continente.
Ao dia de hoje, Portugal contabiliza 62 157 casos ativos da doença diz a DGS que está prestes a divulgar a posição sobre a vacinação contra a covid-19 em crianças entre os cinco e os 11 anos.
Na quinta-feira, a autoridade nacional de saúde recebeu a posição do grupo de peritos em pediatria e saúde infantil, estando para breve o anúncio da decisão sobre a inoculação das crianças.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou no domingo estar feliz com a adesão dos portugueses à vacinação contra a covid-19, "sem necessidade de vacinação obrigatória", e afirmou esperar o mesmo relativamente às crianças, ressalvando que está dependente das autoridades sanitárias.
Referiu que na vacinação "dos 12 aos 18 anos, depois de haver vários pontos de vista, houve uma adesão massiva", acrescentando: "Isso foi um bom sinal. Não vejo razão para não haver a mesma adesão da parte de pais, de avós e de outros responsáveis por crianças em idades inferiores".
Com vários países a enfrentar um novo aumento de infeções por SARS-CoV-2 e uma nova variante, a Ómicron, uma das criadoras da vacina da Oxford/AstraZeneca defendeu que as futuras pandemias podem ser mais letais do que a atual crise de covid-19 e que serão necessários mais recursos.
"Esta não será a última vez que um vírus ameaçará nossas vidas e meios de subsistência", disse Sarah Gilbert na conferência Richard Dimbleby, que foi gravada em Oxford e será transmitida hoje pela BBC.
"A verdade é que a próxima [pandemia] será pior, pode ser mais contagiosa ou mais letal, ou ambas as coisas", acrescentou, segundo as declarações já tornadas públicas.
A cientista da Universidade de Oxford insistiu que o conhecimento adquirido na atual crise do covid-19 deve ser usado para a preparação de uma eventual futura crise.
A pandemia de covid-19 já matou pelo menos 5 253 726 pessoas em todo o mundo desde dezembro de 2019, segundo o balanço desta segunda-feira da agência AFP, baseado em fontes oficiais.
No total, 265 138 170 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados no mesmo período.
Os EUA são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 788 364 mortos para 49 085 383 casos, de acordo com o levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins.