Mais 252 mortes e 6923 casos de covid-19 nas últimas 24 horas
Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais 252 mortes e 6923 novos casos de covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-geral da Saúde (DGS) desta segunda-feira (25 de janeiro). O número diário de infeções baixa para menos de 10 mil e há uma ligeira diminuição nos óbitos, depois de no domingo terem sido reportadas 275 mortes, um novo máximo diário de vítimas mortais devido à pandemia.
Os dados atualizados indicam que o número de internamentos disparou, aumentando ainda mais a pressão nos hospitais. Em 24 horas, há mais 303 doentes internados. Nos hospitais portugueses há agora 6420 doentes com covid-19 internados. São 767 (mais 25 do que no dia anterior) que necessitam de cuidados intensivos.
Há mais 5266 casos de pessoas que recuperaram da doença. No total, desde o início da pandemia, Portugal registou 461 757 recuperados, 643 113 diagnósticos de covid-19 e 10 721 óbitos.
Atualmente, o país tem 170 635 casos ativos da doença provocada pela infeção pelo SARS-CoV-2 (mais 1405 face à véspera).
Lisboa e Vale do Tejo é a região que reportou o maior número de novos infetados, com mais 3111 casos. Segue-se o Norte com mais 1975, o Centro com 1043, o Alentejo com 390 e o Algarve com 261 novos casos.
Na Madeira foram registados mais 112 diagnósticos por covid-19. Mais 31 casos foram reportados nos Açores.
Dos 252 óbitos registados nas últimas 24 horas, a maioria, 113, ocorreu na região de Lisboa e Vale do Tejo, 56 foram reportados no Centro, 54 no Norte, 21 no Alentejo e sete no Algarve.
A Madeira também regista mais uma morte por covid-19, de acordo com o boletim da DGS desta segunda-feira.
Também esta segunda-feira, a ministra da Saúde, Marta Temido, fez saber que Portugal recebeu hoje mais 99 450 doses de vacinas contra a covid-19, elevando o total acumulado pelo país desde o início da vacinação em 27 de dezembro para 411 600 doses.
Após uma reunião com a task force do plano de vacinação, Marta Temido afirmou que até às 19:00 deste domingo já tinham sido efetuadas 255 700 inoculações, nomeadamente a profissionais de saúde e utentes e funcionários de lares.
"Estimamos que até ao final deste mês estejam vacinados 100 mil profissionais de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Instituto de Saúde Ricardo Jorge (INSA), Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPTP), das forças armadas, dos estabelecimentos prisionais e dos setores privado e social de estruturas que estão a receber doentes covid", afirmou a ministra em conferência de imprensa.
"Iremos avançar para a vacinação de outros serviços essenciais, como tínhamos previsto", disse a ministra da Saúde, referindo-se a profissionais da emergência pré-hospitalar.
"Bombeiros, profissionais de serviços essenciais, forças de segurança e também, entre eles, titulares de órgãos de soberania iniciaram a sua vacinação a partir" da próxima semana, anunciou Marta Temido.
Na próxima semana, começa também a fase de vacinação destinada aos mais de 50 anos e com pelo menos uma das comorbilidades identificadas (insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal, doença pulmonar obstrutiva crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração).
"São cerca de meio milhão de pessoas, um "pouco menos", disse a ministra da Saúde.
Aos jornalistas, Marta Temido anunciou que as pessoas com mais de 80 anos passam a estar incluídas como prioritárias na vacinação
A presidência da Comissão Europeia deu nota na semana passada de acelerar o ritmo da vacinação no espaço europeu, tendo como objetivo "que até março todos os estados-membros tenham vacinado pelo menos 80% dos seus profissionais de saúde e de ação social e também 80% das pessoas com mais de 80 anos", anunciou a ministra da Saúde.
Nesse sentido, o "Ministério da Saúde e as suas estruturas estão a trabalhar na atualização do plano de vacinação, prevendo-se que no decurso desta semana esta atualização seja efetuada, de forma a termos este novo grupo [pessoas com mais de 80 anos] que acresce aos que já estavam definidos", explicou Marta Temido.
O objetivo é "ter as pessoas com mais de 80 anos vacinadas até ao final do primeiro trimestre, no pressuposto de que se mantenham os calendários de entregas acordados nos contratos realizados com a Comissão Europeia", sublinhou a responsável pela pasta da saúde.